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Eu já suava que nem um porco, e o Gayo explicava mais um movimento

- Quando ele for pra cima assim, inclinado - disse ele fazendo - colocando o rosto perto do seu, levante seu braço de apoio, colocando na direção do pescoço dele, e aí você levanta sua adaga - disse segurando minha mão com a adaga e levantando até o peito - e enfia no meio do peito dele, depois gire a faca lentamente para cortar ainda mais, e o peito dele se encher de sangue e ele morrer engasgado, quanto mais fundo se penetra, mais rápido ele morre, entendeu?

Fiz positivo com a cabeça, seu rosto a centímetros do meu, inclinado sobre mim, dei um passo para trás, com meu coração a mil, e ele segurou minha cintura, obviamente achando que eu ia cair, suspirei e me afastei

- Obrigada por hoje, Gayo

Disse rápido e sair em direção ao nosso humilde acampamento, onde Malakay já tinha separado nossa comida e arrumado tudo para viagem, comemos depressa para não perder tempo pela grandiosa estrada que íamos enfrentar, entre vez ou outra, Gayo me olhava enquanto comia, sorrindo e balançando a cabeça em negativo antes de desviar o olhar, continuei tentando ignorar, meu pai do céu que pesadelo, me deixava totalmente desengonçada, era deselegante

E assim se passaram uma semana, aprendendo entre caçar e lutar, viajar, comer e dormir, afastei a lembrança do que aconteceu para o fundo da minha mente e me concentrei no mais importante, aprender, e ele respeitou o fato de eu não entrar no assunto

Adentramos os portões de uma nova cidade, iríamos parar para repor nossos recursos e descansar de verdade, o que eu sugeri e eles concordaram relutantes, não queriam parar por muito tempo, mas insistir

- O que acham de tomar uma cerveja caramelizada? - supus já sabendo que eles odiavam a idéia de parar pra descansar

- Eu acho uma péssima idéia, mas se como você diz, quer relaxar, eu concordo - Malakay respondeu

Gayo permaneceu calado mas nos seguiu até o bar, prendemos nossos cavalos e adentramos, já era fim de tarde então não estava tão cheio, escolhemos a mesa mais escondida possível e pedimos as cervejas, que chegaram em instantes

Já estávamos bem embriagados quando a lua se estabilizou no céu, quando vi um homem levando uma mulher pelo cabelo escada acima, em direção ao andar que usavam para dormir, basicamente aqui era um bar que oferece quartos a 2 denários, bem mais baratos que a hotelaria, mas nem mais podres e sem nenhum serviço

Me lembrei da Astrid sendo levada pelo Gertrud, quando me defendeu, me levantei e o Malakay me olhou confuso, enquanto o Gayo estava apagado com os braços e a cabeça em cima da mesa

- Malakay, leve Gayo daqui - informei já saindo do banco de madeira que era preso no chão

- O que você vai fazer?

- Não se preocupe

Olhei para aquele asqueroso adentrando um dos quartos junto com a garota, subi as escadas correndo e já puxei minha adaga para fora, fui para trás e coloquei todo impulso no meu pé, que empurrou a porta para dentro, a abrindo

Adentrei o quarto e ele rasgava as roupas da menina, que estava sobre a cama, em baixo dele, chorando e esperniando enquanto gritava e choramingava para o pai parar

Por conta do barulho lá fora dos homens embriagados, ele não tinha notado minha chegada, aproveitei e fui pra cima dele, empurrei o homem asqueroso pro lado, pra sair de cima da menina, que levantou correndo escondendo seu corpo com as peças já rasgadas

Foi nesse dia que matei o primeiro homem, e não me arrependo por nenhum momento

Foi nesse dia que matei o primeiro homem, e não me arrependo por nenhum momento

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Elementares: Bruxa De Gelo [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora