27°

1.3K 182 31
                                    

Era o total de 7 homens nos cercando, bandidos, por se dizer, Gayo lutava com dois deles em um lado

- Olha essa bonitinha, matem todos e levem-na

Ah mas não iam mesmo, nem se fosse a última coisa que eu fizesse

Eles vieram pra cima, e o Edgar foi na minha frente, lutando com três de uma só vez, enquanto eu lutava com outro, o que deixou Edgar um pouco surpreso, suponho pela levantada de sobrancelha que ele me deu

Chegou a ser engraçado, admito

Gayo matou os dois que estava lutando e depois foi ajudar a Edgar, o homem que estava comandando antes parado, me segurou pela cintura enquanto eu enfiava a espada no peito do qual eu lutava, dei uma cotovelada na cara dele, que me soltou

- Vagabunda!

Berrou e puxou uma adaga que eu não tinha visto, para minha surpresa, Edgar tomou a minha frente, sendo acertado no peito pela adaga, que quando foi indo para trás, segurando o cabo que estava sobre seu peito, passei a espada na garganta do homem a qual a tinha o enfiado a adaga, Edgar foi caindo e o segurei, para não ir direto ao chão, fiquei de joelhos, colocando sua cabeça sobre minhas pernas

- Gentil coração - ele disse após por a mão no meu rosto, sorrindo, começou a engasgar no seu próprio sangue

- Edgar, Edgar, fique comigo, por favor, vai ficar tudo bem, eu juro, não faça isso, fique comigo - dizia atropelado uma palavra atrás da outra - Gayo, me ajude, você é soldado, como posso salvar ele? - disse olhando pro Gayo, que havia acabado de matar o último bandido

- Me desculpe, senhorita - disse em desânimo com sua incapacidade

Mas não foi o suficiente

Ele morreu

Engasgando no próprio sangue, nos meus braços, fechei seus olhos e senti a dor me recair por todo meu ser, como se a cada bombada do meu sangue espalhasse uma toxina em qual espalhava dor por todo meu ser, minha garganta embrulhava com as lágrimas que eu reprimia, me curvei até o seu rosto, dando um beijo na sua testa e depois um selinho nos seus lábios

- Precisamos ir, Ethel - disse Gayo - podem chegar mais

- Quero enterra-lô Gayo - disse colocando a cabeça dele no chão e me levantando

- Não podemos ficar aqui Ethel - segurou meu braço, que puxei com força

- Se quiser ir na frente, vá, eu irei ficar e enterra-lô

Sai na frente e fui a área onde antes os três dormiam e me ajoelhei, cavando com a mão, sentia a terra molhada sobre meus dedos e colando em volta e dentro das minhas unhas conforme cavava o mais rápido que conseguia, como se tivesse empurrar a dor pra fora de mim junto com aquela terra, Gayo apareceu do meu lado com o prato de metal que eu tinha e me entregou

- Pode te ajudar

Confirmei com a cabeça e comecei a cavar com o prato até estar um tamanho bom para por o corpo, em qual o Gayo pegou no colo, e eu dei um último beijo em seus lábios antes dele colocar no buraco e eu começar a tapar

Assim que terminei Gayo apareceu com um pedaço de madeira que tinha tirado de alguma árvore por aí que eu entendi na hora para que servia, peguei uma adaga que pertencia ao Gayo e fui entalhado as palavras

"Edgar Goll
Gentil coração e taciturno homem"

Cravei o pedaço de madeira acima de onde estava a cabeça do Edgar e peguei a arreia do meu cabelo, seguindo em frente em direção ao Norte, junto ao Gayo

Cravei o pedaço de madeira acima de onde estava a cabeça do Edgar e peguei a arreia do meu cabelo, seguindo em frente em direção ao Norte, junto ao Gayo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Elementares: Bruxa De Gelo [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora