Elementares: Bruxa De Gelo [DEGUSTAÇÃO]

10°

Logo que me levantei, ouvir o ranger da porta e aquele asqueroso estava ali

- Oi lindinha - revirei o olhar

- O que está acontecendo lá fora?

- Invasão, e hoje vim te dá a última oportunidade, você pode sair daqui comigo e se casar comigo ou morrer aqui dentro

- Vou morrer aqui dentro

- Que garota teimosa! - berrou indo pra cima de mim

- Não me toque se não eu grito

- Não tem ninguém pra te ajudar, estamos em meio a um invasão - ele agarrou meu braço e me puxou pra fora, segurei em tudo pela frente para impedir nossa saída dali - Ande solte isso, inferno, teimosa

Me deu um tapão na cabeça, peguei a cadeira e virei, batendo na cabeça dele, que caiu no chão, completamente apagado

- Meu Deus, eu o matei? - Falei com olhos arregalados

Me sentei na minha cama, ainda observando ele caído sob o chão do calabouço, não sei quanto tempo se passou, até que entrou um guarda na minha cela

- O que você fez com o Gertrud?

- Eu só bati com a cadeira na cabeça dele, ele estava tentando me tirar daqui a força e me bateu - falei rapidamente me defendendo

Ele agarrou pelos braços do Gertrud e puxou pra fora da cela, jogando sob uma cadeira no corredor

- Ele está bem?

- Sim, só desmaiou, bela força garota - ele riu

Ele puxou as chaves do meu calabouço da mão do Gertrud e fechou a porta do meu calabouço, suspirei profundamente

Horas se passavam e eu ouvia mais estrondos e sons de espadas, que pareciam cada vez mais pertos até que ouvi o som de tapas do lado de fora

- Ele só desmaiou

- Quem falou?

- Eu, por trás da porta, estou presa aqui dentro - ri - ele tentou me levar a força com ele e me bateu, então eu quebrei uma cadeira na cabeça dele

Ele riu, um som contagiante

- Boa garota, tá presa quanto tempo?

- 15 anos

- Porquê? Você me parece jovem demais pra ter cometido um crime de pena tão alta

- Tenho 25 anos, fui presa aos 10, sou prisioneira de guerra, eles venceram meu reino e me trouxeram cativa

- Entendi - ouvi som de passos

- Espere, por favor, você está fazendo o que aqui?

- Sou caçador de recompensas, tô procurando riquezas pensei que aqui no topo teria, tô aproveitando a distrações lá em baixo - ele riu

- Você poderia me libertar?

- Não acho uma boa idéia, se descobrirem que eu libertei uma prisioneira de guerra posso ser morto

- Por favor, não quero passar toda minha vida aqui

- Tudo bem, afaste-se da porta

Fiz como ele ordenou, fiquei do lado da escrivaninha, onde antes ficava a cadeira que despedaçou na cabeça do asqueroso, e logo ouvi som de algo batendo e se partindo, até ele quebrar a porta com o machado que tinha nas mãos

- Se alguém te encontrar de volta, você nem me conhece

- Mas realmente não te conheço

- Ótimo - ele riu

Gertrud fez barulhos sob a cadeira, acordando

- Ah, não - eu disse vendo ele acordar

O caçador enfiou o machado na garganta dele, fazendo sua cabeça cair pro lado

- Era especial para você? - disse ao me olhar, observando meus olhos arregalados

- Pelo contrário - comecei a rir bastante

- O que foi?

- Ele matou minha mãe degolada e meu pai enforcado, parece ser hilário ver ele ser morto degolado

- Para concluir sua vingança só falta ele ser enforcado

- Não tem como ser enforcado sem cabeça

Ele riu e puxou uma corda do sua bolsa, que era de couro e atravessava o seu peitoral até seu quadril, abaixou e amarrou o pé do Gertrud, passando o outro lado por uma madeira do teto e puxando até conseguir amarrar na porta quebrada, o seu sangue e pedaços do Gertrud saia da parte cortada dele, fechei os olhos na mesma hora

Aquela cena era deplorável e repugnante mesmo ele merecendo uma morte deplorável e repugnante

- Tem estômago fraco princesinha?

- Bastante - continuei com os olhos fechados até sentir ele passar por mim e ficar de costa pro Gertrud

- Por favor não vá, eu não sei sair daqui sozinha, posso ir com você?

Ele pensa por um pouco e afirma com a cabeça

- Siga-me, mas você vai ter que me ajudar a carregar algumas coisas, tudo bem?

Concordei com a cabeça e ele virou para andar, enquanto eu o seguia bem de perto