Elementares: Bruxa De Gelo [DEGUSTAÇÃO]

20°

O dia seguinte chegou com o sol tomando a minha face, que esqueci de fechar as cortinas antes de me deitar

Me arrastando para fora da cama, vesti as minhas roupas que secaram pela noite inteira e ainda conseguiram continuar "geladas"

Fui até o quarto que estava os meninos e bati na porta até que respondessem que acordaram, desci e fui até a recepção, tinha que esperar os queridíssimos descer

- Finalmente donzelas

- Por Deus Ethel, você teve a cama só pra você, e eu dormi com esse monstro - apontou enquanto coçava o olho com outra mão - quase não dormi direito e você me acorda cedo

- Você ficava jogando as pernas e braços sobre mim Malakay, fala sério - comecei a ri e eles me olharam como se tivessem me estranhando

- Vamos logo recém-casados - disse me virando para sair, com eles já atrás de mim

- Olha você me respeita Ethel, sou viúvo mas respeito minha esposa viu? - ele disse em um tom de humor

Andamos pela cidade até encontrarmos a pães a vapor recheados de carne, comida típica do lugar, nos empatarruvámos aos montes

Assim que voltamos, pagamos a hospedaria e pegamos nossos cavalos, saindo da cidade com pães a vapor magníficos, pegando nosso rumo para o Norte, o Gayo ficava com a bússola e o Malakay com o mapa, e brigavam entre si constantemente para ir pelo lugar certo, enquanto eu só me divertia com a cena

Assim que se chegou a noite, paramos para descansar e deixar os cavalos descansarem, prendemos na árvore perto de nós

- Não tem nada para alimentar os cavalos

- Tem ração na minha bolsa pendurada no Odin, fala sério, vocês nem sequer pensaram na ração dos seus cavalos? - eles fizeram negativo com a cabeça junto

- Meninos - revirei os olhos

Gayo pegou a ração, dividindo entre os cavalos, e guardando o resto, enquanto isso Malakay catava gravetos para montar nossa fogueira e eu separava comida igualmente que tínhamos guardado de ontem, e pães a vapor que compramos quando comemos na cidade

Estávamos em volta da fogueira enquanto estávamos comendo, comecei o assunto

- Gayo, por curiosidade, você sabe lutar? Tipo, corpo a corpo e com armas?

- Sim - ele falou e mordeu um pedaço do pão a vapor

- Você era soldado antes de nos conhecermos?

- Tipo isso

- Imaginei, pelo jeito que enfiou a faca sem dó na mão do homem - comi um pedaço de queijo

- Porquê?

- Quero aprender a lutar, corpo a corpo, defensiva, e com armas

- Quê? Não, porque?

- Porquê sim, e Malakay - virei o rosto pra ele - quero aprender a caçar minha própria comida

- Porquê deseja isso minha querida? - indagou Malakay

- Nunca mais quero ficar esperando pela sorte para conseguir alguma coisa, ou precisar de um herói para sobreviver a alguma situação de risco - disse friamente, após, mordendo um pedaço do meu pão

Depois das minhas palavras, eles concordaram em me ensinar, montei meu lençóis no chão

- Vocês não tem? - indaguei ao vê-los deitando sob o chão puro

- Não, mas não se preocupe, sou acostumado com isso - Malakay respondeu

- Eu também sou acostumado

Informou Gayo, virando-se para dormir, o que fiz o mesmo