Capítulo 3 - Rotina

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A situação estava tensa desde que haviam iniciado as revoltas, um grupo de ômegas havia começado a causar problemas, dando a desculpa que exigiam direitos iguais aos alfas. O imperador, revoltado, os mandou calá-los com mão de ferro, iniciando assim o "Amaterasu", que consistia na pena de morte na fogueira à aqueles que perturbassem a paz do Império, traduzindo, queimavam vivos aos ômegas revoltosos e Ashura, como soldado, era um dos responsáveis por esse trabalho.

O casal naquele momento passeava de mãos dadas por seu lugar favorito, aquela ponte na qual haviam formalizado sua relação e dado seu primeiro beijo, ambos estavam calados e o alfa podia perceber que alguma coisa estava errada.

- Qual o problema? Está mais quieto que o normal. – o menor suspirou, parando seu caminhar para ficar de frente a seu noivo.

- Soube que condenaram outro ômega ontem.

- Indra...

- Por quê? É crueldade. – o maior suspirou.

- São revoltosos, que estão causando problemas no Império. – explicou.

- Só querem seus direitos. – defendeu o mais jovem.

- Ômegas não tem direitos. – o Uchiha abriu a boca em choque, foi nesse momento que o Senju percebeu a besteira que havia falado – Indra...

- Acha isso? Acha que ômegas não tem direitos? Que são menos que os alfas? Acha que eu sou menos que você, Ashura? – o alfa não sabia o que responder, havia sido criado para ser o dominante da relação, sabendo que ômegas deveriam se submeter às suas vontades e fazer aquilo que lhes ordenassem. O menor ao entender o silêncio, abaixou os olhos, brincando com as mangas de seu kimono cor-de-rosa – Entendo...

- Indra... – chamou-o, levantando-o pelo queixo com delicadeza – Você é o meu ômega e eu te amo.

- Mas ainda assim não estou à sua altura. – novamente o maior não respondeu.

- Fui criado assim, não posso mudar o que penso. – os olhos do ômega encheram-se d'água – Mas você é importante para mim, faria o que fosse por você. – falou o alfa, colocando uma mecha que havia escapado da trança do menor, atrás da orelha deste.

- Me protegeria sempre, Ashura? – o mencionado sorriu, assentindo.

- Prometo, sempre vou te amar e te proteger.

- Mesmo se eu participasse da revolta?






O ômega levantou-se com preguiça, não havia podido dormir direito na noite anterior, graças aos terríveis enjoos que há dias não o deixavam em paz. Tinha uma leve ideia do que poderia estar acontecendo, os sintomas eram os mesmos de quando havia engravidado de seu pequeno filhote, mas se recusava a aceitar, o alfa loiro era o único com quem havia estado desde... bem, desde o pai de seu filhote e este lembrava bem que havia se protegido, na bruma da excitação não havia percebido o preservativo se romper, e depois estava tão perdido em seus pensamentos, que nem quando tomou banho percebeu a essência alheia descer por suas pernas, acreditava firmemente estar tudo certo... até começarem aqueles sintomas.

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