Capítulo 8 - Passeio

222 36 19
                                    


- O bebê está nascendo. – ouviu o homem que havia contratado para vigiar a Indra anunciar, e seu coração disparou com força, desejando sair correndo para encontrar ao ômega e ao filhote que agora teriam. Pegou seu casaco e com velocidade o vestiu, correndo até a porta do enorme palácio, quando um dos empregados o parou.

- Senhor... é o príncipe... está dando a luz. – não podia ser possível, seu esposo também estava entrando em trabalho de parto, era a hora de escolher, seu coração e seu lobo pediam para ir até o Uchiha, mas sua mente lhe mandava ficar, junto à seu esposo, só esperava estar escolhendo o correto.






Shikamaru estava feliz, seu amigo parecia estar voltando a ser o que era. Nunca havia entendido o porquê o loiro havia mudado, quem o havia ferido ao ponto de deixar de acreditar nas pessoas e no amor, mas fosse o que tivesse acontecido, essa tristeza e amargura pareciam estar desaparecendo pouco a pouco, com a ajuda de Sasuke.


- E amanhã faremos o exame de sangue, para saber qual será a classe do filhote. Espero que seja um alfa, para me ajudar a proteger seu papi, mesmo se for um ômega não importa, vou amá-lo igualmente. – o alfa falava sem parar, seus azuis olhos brilhando como a tempos não ocorria.

- Que bom, fico feliz por você Naru, parece que se esqueceu dessa história de exame de DNA. – o sorriso do loiro se desvaneceu.

- Eu... não, eu... – o Nara suspirou ao perceber a vacilação do amigo.

- Só deixe seus instintos falarem, Naru. Esqueça tudo, deixe que seu lobo te guie, ele saberá o que fazer.


(...)


- E então? – o alfa perguntou ansioso, vendo como o médico estudava o resultado do exame que indicaria a classe do filhote, o beta sorriu.

- Parabéns, será um forte alfa. – Sasuke sorriu, com os olhos cheios d'água.

- Meu bebê... meu filhote... – levou uma mão ao ventre, acariciando a "casinha" de seu filho, uma única lágrima desbordando ao sentir a cálida e grande mão do alfa acima da sua, seu coração bateu com mais força ao ver o sorriso de Naruto.


(...)


Dias depois, Naruto o convidava para uma saída no parque. Sasuke havia levado os alimentos, enquanto o alfa levara as bebidas e a toalha xadrez que o pequeno Koki tanto havia pedido, estendendo-a sobre o verde gramado, sob a sombra de uma frondosa árvore de cerejeira.


- Papi, olha lá. – o pequenino apontou para os pedalinhos, em formato de cisnes, que flutuavam sobre as águas, seus olhinhos negros brilhavam, desejando também um passeio – Eu posso? Eu posso?

- Bebê, eu... acho que papi não pode. – respondeu o ômega, sabendo que pelo tamanho de sua barriga, de já quase oito meses, não poderia usar o colete salva vidas, sem contar que o balançar da água o enjoaria, o pequeno abaixou a cabecinha, decaído – Eu sinto muito filhote, quando seu irmãozinho nascer, papi te leva. – o pequenino triste balançou a cabecinha, desejava muito ir no pedalinho, mas jamais desobedeceria seu papi, que agora afagava seus cabelos, querendo consolá-lo. Naruto ao ver a cena e o aroma levemente amargo do filhote não pensou, quando percebeu as palavras já haviam saído de sua boca.

Corrente do Tempo - NaruSasuOnde histórias criam vida. Descubra agora