Posso te sentir uma vez mais.
Quase te esqueci em mim,
Há tanto não te sinto vivo,
Dançando em mim,
Cantarolando sonhos e desejos.
Esteve tão quieto por tanto tempo.
Você ainda está aí,
Coração?
Ou estaria eu perdido em ecoar de sonhos selvagens,
Prisioneiro de tempos passados,
Morto pela passagem do tempo,
Enterrado nas circunstâncias...
Ou estou sonhando lindamente?
Posso fechar meus olhos para sentir tua presença quente em mim,
Escalda encandecente meu corpo,
Para sentir você me despertar outra vez,
Tão dolorosamente bela esta minha compreensão de você.
Nunca esquece,
Você,
Esquecida tua capacidade de ir.
Posso ouvir tua bela canção,
A nossa canção,
Que passado maravilhoso.
Onde tudo pertenceu a um par
Que era nós dois.
Eu te digo,
Também me nego a esquecer,
Oh,
E como sinto ainda você.
Lentamente o tempo te submerge,
Lendário, ancestral, teu existir fenece.
Um pedaço do antigo procurando seu lugar na terra estranha em tempo estranho.
Eu penso,
Está você perdida em pensamentos,
Ou sou eu a me torturar submerso nas águas de teu oceano sem fim?
Que profundidade nessa piada humanamente intrigante.
Eu te sinto outra vez,
Coração.
Mecânico,
Bombando algo em mim,
(Eu te nego)
Mantendo em mim o movimento,
Para me manter avançando,
(Por favor, a isso eu nego...)
Para me fazer reverberar.
(Pare. Deixe que eu seque.)
Mas, oh,
Doce velho amigo,
Meu familiar,
Meu semideus de carne e sangue,
De tudo que já me deu,
Vinculado para sempre em mim como forja,
Me deixe perguntar,
Como um servo de joelhos dobrados,
Qual é o custo de tudo isso?
Por que está tão quieto?
Por que tão arrasado?
Por que você não me deixa?
Por que não pensas?
Por que ainda me dói?
Coração,
Ainda te sinto dançar
E dançar,
Fluindo silêncio por todo meu corpo.
Me mantendo neste estado de existir sem vida.
Sem resposta.
Que assim seja.