Passos confusos.
São eles em direção aos sonhos,
Para lugar nenhum,
Para dentro da terra devastada de almas quebradas.
Sangue entre os lábios,
Este é o gosto do viver,
É o que dizem?
Continuamos tropeçando,
Vagando para algum lugar conhecido como destino,
Além da consciência,
Imagem primitiva no centro do Eu.
Joelhos que se cobrem de sangue, trêmulos.
Eles andaram tanto,
Tropeçaram tanto.
Ah, gélida noite,
Mataria com teu beijar o maior dos sonhadores,
O quebraria,
O humilharia,
O faria despertar,
O deixaria sentir a lâmina deslizar entre carne e osso,
Então, querida,
Não há dançarinos sob o luar
Para sonhar.
E tu bem sabes,
Lá é terra dos passos perdidos,
Minha querida.
Tantos deles ainda caminham no vazio sem notar quão perdidos se tornaram.
Buscando, desejando,
O sonho de outros,
A vida de outros.
Espectros noturnos em regozijo:
Crianças tolas de sonhos sem realização.
Adormecidos para a verdade máxima que é se tornar um consigo.
Não há maior privilégio do que se tornar quem deve ser,
Disse o velho,
O sábio,
O doutor,
O mago.
Você está lá para existir em uníssono neste luar,
Oh, meu bem.
Minha amada dançarina de passos confusos.
No caos a ordem se rendeu a ti,
Tornou-se tua para guiar mesmo passos confusos,
Tornou-se tua para amar a ti em uníssono como assim eu existo.
Teu dançar agora luz emana sobre meus caminhos,
A escuridão torna-se véu de tolo afastada de meus olhos revelados.
Meus passos são precisos,
Oh, minha dançarina lunar.
Seu rastro cósmico de luz rasga meu céu como uma estrela que cai para morrer,
Pronta ao supernova.
Entregue ao fenecer estar.
Eu me pergunto onde você cairá,
Se sobreviverá ao impacto.
Sonhos estilhaçado e pé de sangue,
Tantas trilhas para caminhos de infinitas possibilidades.
Aquiete-se,
Amor meu,
Para que possa ouvir a canção do coração.
O permita dizer onde ir,
O que buscar,
Apontar teu caminho de volta para casa.
Eu me pergunto,
Estrela minha,
Onde você cairá?
Para que eu lá possa estar,
Para te apanhar de braços abertos e minha alma entregue.
Meus passos são corretos,
Meu amor.
Sem mais tropeçar.
