perdido

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Eu mesmo,
Nós,
O caminho,
O significado,
Mesmo o destino traçado em noites compartilhadas.
Nem mesmo tua solução é brilhante o bastante,
Ó senhor do labirinto,
Para me salvar destas paredes.
O labirinto!
Me arrastou para baixo de suas rochas,
Aqui eu estou,
Aqui permaneço,
Devastado,
Perdido em seu centro.
Devo perecer por entre estas paredes?
Sob a certeza de dias perdidos,
Arrastado para baixo da pedra,
Sob a certeza de virtudes perdidas,
De um coração perdido,
Consequências de um sentido perdido.
Eu ainda sinto,
Ah, meu bem, como sinto.
Há dias que se perdem antes mesmo do Sol nascente que vem irônico e risonho,
Ele traz oportunidades em seus raios,
Jazem mortas em seu ventre todas elas.
E nossas vozes cantam em uníssono,
Sobre para onde foram nossos desejos,
Mas a complexidade silenciosa emudece este cantar.
Para onde vocês foram,
Meus sonhos tão selvagens?
Oh, meu bem,
Se aquietar devemos.
Acho que é só um de meus dias.
Um daqueles.
De cinzas e nevoeiro,
De chuva e trovejar,
De fúria e caos,
Quando não há sorriso belo o bastante para iluminar nossos corações.
Quando não há bela alma que nos seja suficiente.
Quando não há resposta além da certeza de nossa perdição.
Um vazio que demonstra a perda de algo antes presente,
Mas,
Me diga se puder,
O que se perdeu?
Agora neste vazio,
Amor meu que se foi,
Há apenas o saber de que há vazio.
Mas, por favor,
Vamos deixar passar.
Se mesmo os dias preenchidos de maravilhas se foram um dia,
Que passe especialmente os que cheios de males estão.
Este é um adeus.
Então,
Adeus.
Posso enxergar a Luz.
O Caminho.
A Resposta,
O começar dela.
Os passos apontam meu destino,
Estou voltando para casa,
Fora deste labirinto de mim.
Estes tijolos carregam minha terra,
Minha essência sustenta estas paredes sagradas de medo.
Seguro nestas mãos a cabeça da besta que desse lugar fez sua morada,
Seu palácio em mim,
Ela tem meu rosto,
E,
Oh, meu bem,
Tem meu sorriso perdido.
Fora destas paredes,
Eu te digo:
Quero sentir o beijar do Sol uma vez mais.
Quero minhas respostas para questões ainda sem forma.
Quero uma vez mais ser menor que poeira estelar sob meu Céu infinito.

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