*Nuri - cigana
"Corpus tuum cibus meus est et ego saturo me illo" (Seu corpo é meu alimento e me saciarei dele)
– V. G. OliverKassandra
Minha permanência no palácio estava cada vez melhor, sentia prazer com o imperador, ele não me agredia mais e até pedia permissão para fazer algumas de suas perversões comigo.
Eu não me negava a nada temia que ele fosse tomado pelo espírito demoníaco que habita seu corpo e me machucasse novamente.
Frequentemente Andreyna fazia – me companhia, pois o Senhor Aubalith sempre estava no palácio e por algum motivo não gostava de estar longe da minha amiga, a senti um pouco distante, talvez preocupada.
Temia que Senhor Aubalith a estivesse fazendo mal, apesar dele não me parecer ser do tipo que maltratava ou forçava uma mulher, porém lembro – me que ele é parente e amigo íntimo do Imperador Mardok então não se deve abaixar a guarda.
Ultimamente tenho me sentido cansada e estranha, estava receosa de ter um filho do demoníaco soberano da Assíria dentro de mim. Ele falou milhares de vezes que não aceitaria uma criança com seu sangue e o meu. Que o tiraria do meu ventre sem remorsos.
O soberano esbravejou aos quatro cantos que não queria a responsabilidade de filhos e nem se agradava dos pequenos, eu por outro lado sempre quis ser mãe e ter uma família.
Porém a minha realidade agora era outra, sou prisioneira de um homem com a alcunha de demônio e que não tem o mínimo senso de decência ou cativa em si arrependimentos.
A Senhora Ninsina tenta me passar tranquilidade, mas a percebo muito pensativa e incomodada desde a visita da bruxa.
Ou curandeira como alguns chamavam, Amaranta.
A mulher me assustou um bocado, mas me ajudou também. Temo ser obrigada a tirar a criança caso esteja fecunda, aqui nos domínios Assirios o aborto é considerado um crime, mas nesse caso em especial ninguém ousaria ir contra a voz do Soberano.
Um tempo atrás acompanhei um treino do imperador e seu primo juntamente com Andreyna e pelos sete céus era brutal. O imperador era um homem com uma envergadura enorme, o vi conter cinco homens da elite de seu próprio exército, Aubalith não ficava atrás e vi um fio de pavor passar pelos olhos solares de Andreyna quando ela o viu lutar.
Também fiquei muito assustada com o que Mardok Uard II, poderia fazer somente com as suas mãos.
A brutalidade do imperador não me surpreendia, afinal ele usou – a comigo algumas vezes, mas ainda sim era aterrador de ver que ele poderia me matar facilmente com um aperto mais firme de suas mãos e só não o fazia porque não quis.
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Da guerra ao Amor
RandomNo início das guerras, forjado no calor da batalha, sem nenhum tipo de pudor, onde a violência impera e o sangue é mais fácil de ser achado do que água perecerá dois destinos, escolhas surgirão, decisões precipitarão tragédias e onde a vontade de...