PRÓLOGO

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Olá, batedoras de porta! Como é que vão? Sentiram saudades?

Gostaria de esclarecer duas coisas antes de começarmos essa história: espero (muito) que ela seja mais longa, mas ainda não tenho uma ideia de quantos capítulos. Depende muito da recepção de vocês! Outra questão é: essa fanfic tem AGE GAP, ou seja, os nossos protagonistas terão uma diferença de idade. Se você não se sente confortável lendo conteúdo assim, peço que pare por aqui.

Sem mais delongas, BEM VINDOS A ACADEMIA BOLAT.

Sem mais delongas, BEM VINDOS A ACADEMIA BOLAT

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Eda levantou-se cedo no dia do teste para a Academia Bolat.

Era um sábado nublado e Eda se ergueu da cama com vagar, os olhos ainda fechados, os longos cabelos presos em um coque arrumado em cima da cabeça. O outono estava chegando ao fim e o frio do quarto mal aquecido arrepiou os pelos do corpo de Eda.

Sua tia Ayfer havia lhe ensinado desde muito jovem a fazer, o que ela chamava de, cabelo de bailarina. Basicamente um coque rigoroso que retirava os fios da frente do rosto, para não atrapalhar os seus movimentos.

Eda, diferente de muitas das meninas com quem iria competir mais tarde naquele dia, não provinha de uma família rica, que a motivou a dançar balé com a perspectiva de uma carreira glamourosa.

Na verdade, até que ela começasse tardiamente o balé, com 13 anos, Eda teve que se submeter a implorar para que sua Babaanne, Semiha Yildrim, investisse na sua carreira, auxiliando nas aulas particulares e com as miudezas que as aulas exigiam, como as inúmeras sapatilhas que ela tinha que trocar periodicamente, ou até mesmo os seus tutus, que, se não eram costurados por Ayfer, eram comprados de segunda mão das garotas da sua turma, que zombavam dela. Mesmo com a ajuda relutante de Semiha, Eda ainda fazia as aulas com sapatilhas gastas e apenas por sorte não sofreu nenhuma lesão que pudesse empecilhar no seu sonho impossível de se tornar uma bailarina do Teatro da Cidade do Munícipio Metropolitano de Istambul, o Istanbul Büyüksehir Tiyatrolari.

A natureza de Eda, pacífica, não a permitiu revidar os comentários maldosos sobre a sua pobreza. O que a impediu de desistir de seus sonhos, no entanto, foi uma apresentação de balé a qual a companhia que ela participava no período, Akman Escola para Meninas, com Eda então com 15 anos, a levou.

Em uma excursão saída de Mardin, um ônibus lotado de garotinhas com apertadas tranças boxeadoras, coques de bailarina elegantes ou rabos de cavalo altos, Eda se sentou na parte de trás, solitária com o seu mp3 apertado no pulso, enquanto lia E o vento levou em uma capa surradíssima, pois a edição pertenceu à sua mãe, anteriormente. Um dos poucos pertences restantes dos seus pais mortos. A outra lembrança era uma fina correntinha de ouro, com um medalhão e uma foto muito apagada, em preto e branco, dos três na única viagem que fizeram, para a Espanha. A areia branca resplandece em um fundo escuro, o oceano largo no horizonte e três pessoas sorridentes olhando para a câmera.

Conflito de Interesses [edser +18]Onde histórias criam vida. Descubra agora