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- POV LEITORA

Uma hora após o incidente, Izana retornou. Ele estava machucado, com alguns arranhões e um corte bem profundo na maçã de seu rosto. Reparei nisto logo de cara.

— Aonde você foi? E porque está machucado? — ele virou o rosto — Não adianta esconder, eu já vi.

Izana: — Não tem necessidade de você se preocupar com isso. — falou sério e arrogante.

Eu estava com um kit de primeiros socorros em minhas pernas, limpando os arranhões que aquele qualquer fez em mim.

— Sente-se aqui. — indiquei o local.

Ele estava um pouco receoso quanto à isso. E mesmo odiando receber ordem, ele veio. Só que, invés de sentar, ele se pôs de joelhos no chão e apoiou seus braços em minhas pernas, me encarando como se eu fosse algo que ele almejava.
Suas mãos, quentes como brasa, tocavam minhas pernas, arrepiando até o último fio de cabelo de meu corpo. Ele encarava tanto meus olhos, que podia jurar que ele estava em hipnose.
Cuidadosamente, borrifei um anti-bactericida no pequeno rolo de algodão e passei em suas fissuras.
Ele fechou os olhos com força e bufou por conta da ardência, e eu pude sentir o ar quente me rondando.
Continuei a passar o algodão úmido por seu rosto. Então, Izana abriu os olhos lentamente, e suas esferas orquídeas viajaram por meu rosto, e eu as acompanhava. Izana então focou sua visão em um único centro, meus lábios. E por coincidência, nossos olhares se encontraram.

Eu confesso que desestabilizei um pouco no momento, e me perdendo em seus olhos, mal percebi que havia muito tempo que eu estava passando o algodão.
Me ligando disso, peguei uma pomada e massageei as feridas.
Depois da pomada secar, pus os curativos.

— Pronto. — falei quase em um sussurro — Mas agora... O que você foi fazer?

Ele suspirou, bravo, como se não quisesse contar onde estava esse tempo todo. Então, levantou-se do chão.

Izana: — Pensei que fosse detetive. — falou rudemente.

Com raiva, saí dalí, subindo para meu quarto, deixando Izana sem entender nada. Na verdade, qualquer ser humano racional entenderia o meu motivo.

[...]

Após subir, dormi um pouco.
Agora são exatamente 22:46. Os garotos estão começando a se arrumar, pelo visto.
Eu acabei de voltar do banho, então ainda estou escolhendo uma roupa.
Não quero ir com algo chamativo... Acho que quero ir com algo nem tão simples, nem tão chamativo. Algo leve.

uma hora depois...

Terminei de me arrumar. Vesti uma (roupa de seu estilo) com bijouterias pratas em volta de meus braços e pescoços. O prata me caia bem.

Dito isto, saio de meu quarto indo rumo à sala, onde todos estariam me esperando. É, eu demorei bastante.
Chegando na sala, encontro todos muito arrumados.

— Vão à uma boate ou à um evento multimilionário?

No momento em que me manifesto entre os demais, todos os que ali estavam, viram-se para mim em sintonia.

— Desse jeito vão chamar muito atenção.

Rindou: — Essa é a intenção. — soltou uma piscadela.

𝐌𝐈𝐃𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓, 𝗸𝘂𝗿𝗼𝗸𝗮𝘄𝗮 𝗶𝘇𝗮𝗻𝗮.Onde histórias criam vida. Descubra agora