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✦ Capítulo 15 ✦
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Digamos que as coisas acabaram avançando de uma maneira inesperada a partir do momento que lhe beijei, sequer pude perceber que hora havia me sentado em seu colo para aprofundar o 'singelo' selinho. 

Jeno pressionava minha cintura contra seu corpo e minhas mãos não saiam de seu rosto, nossas línguas não pareciam estar numa batalha para ver quem se sobressaia e era muito estranho elas se encaixarem devidamente como nos filmes clichês de adolescentes. O moreno fazia certas partes do meu corpo queimarem como a brasa do inferno e, me repudiava por não estar achando ruim. 

Devido aos pequenos movimentos que fazia em seu colo ao me inclinar para lhe beijar, sentia o membro enrijecido atingir minha pélvis através do tecido da calça e, o mesmo portando aquele sorriso cafajeste acabava o tornando mais atraente. E porquê diabos eu estou pensando nisso?!

— Uau… — Sua voz soou rouca quase no meu ouvido, ele havia posto as mãos em minhas coxas e acariciava com seu polegar, ainda mantendo o aperto firme juntamente ao sorriso ladino — Não sabia que..podia fazer essas coisas — Estava tentando regular a respiração ofegante deixando meus braços descansarem ao redor de seu pescoço, que tinha um cheiro agradável. 

— Há muitas..coisas que, você...não sabe sobre mim — Sorri pequeno e ele se inclinou, deixando outro selar demorado em meus lábios e, dando sorrisos bobos quando lhe retribui.

— Não que eu..esteja reclamando, mas.. — O moreno se afastou olhando minha feição como costumava fazer — Por que me beijou? — Ele havia franzindo as sobrancelhas em resposta a curiosidade, unindo suas mãos ao redor do meu corpo para impedir que 'fugisse'. 

— Não faço a menor ideia — Disse com o fôlego recuperado, sentindo seus fios soltos em minha palma, sendo o suficiente para a poção e, precisaria somente inventar uma desculpa qualquer que lhe convencesse e assim, voltar pra casa. 

No entanto, não estava conseguindo raciocinar como planejei, justamente por causa do beijo improvisado que inventei de pôr em ação. 

Amaldiçoado seja a voz de Nakamoto Yuta. 

— Esse era o meu maior pesadelo — Suspirei pesado ao dizer num sussurro. 

— Quer dizer que você sonhava comigo? — Ele sorriu ladino pelas minhas bochechas se tornarem vermelhas e, meu corpo parecia processar aos poucos o ocorrido e que ainda estava sentando em seu colo coberto pelo jeans. Quase num pulo, me sentei na cadeira do lado e engolindo seco ao esconder os fios abaixo da perna. 

Pegando o bloco de anotações, querendo evitar de olhar nos olhos e fingindo estar lendo a coisa mais interessante da minha vida. 

— A-a gente tem que terminar o trabalho — Gaguejei sentindo-me desnorteado. 

— Já tô sentindo falta daquele Renjun pervertido — Ele disse com um enorme biquinho surgido em seus lábios vermelhos e inchados. Jeno parecia querer me provocar ao manter suas pernas abertas e, dando tapinhas querendo que eu voltasse a sentar na mesma. 

— Não seja idiota — Empurrei seu ombro com as bochechas fervorosas. 

— Tá bom, porém.. — Sorriu pequeno — Me avise se precisar de uma ajudinha, bem abaixo da sua cintura — Olhei para baixo, notando o volume inconveniente entre minhas pernas e, meus olhos cresceram ao encarar o moreno sorridente que fingia mastigar um chiclete, ajeitando suas madeixas. 

Levantei com veracidade, fazendo a cadeira ranger após ser arrastada pelo piso de madeira e, com uma feição descarada perguntando onde ficava o banheiro. Jeno passou a sorrir desacreditado e apontou usando seu indicador o caminho, que sem hesitar, lhe seguia cegamente. 

 Efeito Contrário Onde histórias criam vida. Descubra agora