Capítulo 12

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Acordo assustada com gritos do lado de fora e meu desespero só aumenta quando escuto um barulho de algo quebrando.

— EU VOU LEVÁ-LA E PONTO FINAL! — meu corpo congela ao ouvir a voz de Will.

O que ele está fazendo aqui?

Saio do quarto devagar tendo a visão dos dois homens alterados, se olhando mortalmente.

Assim que eles reparam na minha presença, sinto uma mistura de sentimentos ao ter Will me encarando intensamente. Seu olhar desce para mim barriga que estava bem aparentemente por conta da camisola e ele sorri minimamente.

Nathan tenta vir até mim com toda sua raiva mas é impedido por William que agarra sua blusa e lhe chuta as costelas.

As coisas de repente começam a acontecer muito rápido, Nathan está por cima de Will e deposita um soco em seu rosto. Tudo vira uma bagunça de dois corpos se chocando e não tenho a mínima ideia do que fazer.

Minhas mãos tremem com medo de algo acontecer com Will, querendo ou não, Nathan é muito perigoso.

A cabeça de William bate fortemente na parede fazendo o mesmo ficar tonto por alguns minutos. Nathan corre até mim e tento me defender com algo, porém ele é mais rápido. Sua mão prende em meus cabelos, e a arma é apontada para minha cabeça.

— Mais uma gracinha sua e ela morre. — Nathan tenta beijar minha bochecha, mas desvio. — Tão teimosa, você tinha que ver o jeito que ela geme pra mim.

— Mentira... — choro baixinho.

A pontada de mais cedo volta com tudo e curvo levemente meu corpo do aperto do monstro que me segura.

— Alicia, o que foi? — Will pergunta preocupado.

— Quanto drama, sabemos que essa vadia só finge. — Nathan fala com desdém.

— Não a chame assim! — branda irritado.

— Ou o que? — gargalha. — Olha, cansei... você é bonita demais para morrer, Alicia. Além do mais, você ainda será minha... por hora, acho que posso tirar uma coisa que você se importa.

Não, não, não...

Mais rápido do que eu consiga processar, Nathan me empurra com toda sua força fazendo com que eu caia em cima da mesa de vidro.

Grito ao sentir vários cacos perfurarem minha pele, minha barriga bate com tudo no chão e tudo se torna um borrão.

— Alicia! — Will grita vindo até mim, me retirando com delicadeza da mesa estilhaçada.

— Will...

Meu corpo todo dói, mas nada se compara com a dor que sinto em meu coração.

Meu filho, eu vou perder o meu filho...

— Shii... vai ficar tudo bem, princesa. — ele me pega no colo.

A essa hora meu corpo está inerte e não ligo mais para a dor dos cortes.

— E-eu sinto que estou perdendo meu bebê, Will... — tudo está começando a ficar silencioso e distante. — Não vou aguentar perder meu filho.

— Ele vai ficar bem! Nosso filho vai ficar bem, Alicia.

Sorrio minimamente ao ouvir a palavra “nosso” sair dos seus lábios.

— Nosso... — repito com a visão começando a fechar.

— Fui um idiota com você, Alicia. Mas não mais, vou assumir você e o nosso filho; nunca mais ficarão sozinhos.

— Você promete?

— Eu prometo, princesa.

•••

Abro meus olhos com dificuldade, tanto pela claridade do local quanto pela dor que me faz querer dormir novamente.

Olho para o lado vendo Will com os cotovelos apoiados nas pernas e a cabeça baixa.

— Will... — chamo com a voz rouca.

Ele me olha e... ele chorou?

— Alicia... — se levanta rapidamente, pegando em meu rosto com suas mãos. — Você está bem...

— O- o que aconteceu? Eu... está tudo confuso. — minha cabeça dói e tudo passa como flashes em minha memória. — Meu bebê está bem?

A expressão de William se torna mais dolorosa e sua mão agarra a minha, como se quisesse passar conforto.

— Princesa... — nego com a cabeça sentindo meus olhos enxerem de lágrimas. — Eu sinto muito... o impacto da queda foi muito forte, o médico tinha avisado que sua gravidez era de risco. — percebo seus olhos brilharem por conta das lágrimas. — Tudo o que aconteceu ontem, somando aos outros fatos que você deve ter passado nas mãos daquele desgraçado...

De repente, paro de ouvir e de sentir tudo a minha volta. É como se só existisse eu no mundo, como se estivesse presa em um pesadelo no qual tenho esperanças de acordar.

Eu... perdi meu filho?

Por culpa minha?

— Alicia... vai ficar tudo bem, princesa. Sei que negligenciei vocês dois, e dói em mim também... demais. O fato de que fui cego ao ponto de não ficar do seu lado e te proteger, de passar tempo com o nosso filho.

— Para! — grito e William o faz, me olhando preocupado. — V-você deve está agradecendo ao universo por isso, afinal, não era seu filho, né? Me chamou de puta e mentirosa...assim como ele!

Meu peito dói de uma maneira inimaginável e sinto que isso nunca irá passar.

Eu perdi meu bebê...

A culpa é minha...

Eu sou um monstro...

— A culpa é minha... eu matei o meu filho. — sussurro em desespero.

— Não! A culpa não é sua, princesa, não é. O único culpado nessa história é o Nathan, e vou garantir que ele pague caro por isso. — Will me abraça de lado, tento me esquivar no seu toque, mas ele me aperta mais a si.

— Você não se importa... — murmuro.

— Me importo mais do que possa imaginar, e acredite quando falo que também dói em mim o fato de ter perdido nosso filho.

Sua mão acaricia meu rosto enquanto descanso minha cabeça em seu peito.

Ele diz que vai ficar tudo bem, mas por que não sinto isso?

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(925 palavras)

Sim, eu pago a terapia de todo mundo, inclusive a minha 💔

O que acharam do capítulo?

Votem e comentem bastante, desculpa qualquer erro.

Bjs, autora ✨

Meu Doce Inferno Onde histórias criam vida. Descubra agora