Capítulo 11

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William

Tomo um remédio para dor de cabeça enquanto tento descobrir algum paradeiro de Alicia.

Seis meses sem vê-la, não sei como a mesma está... como meu filho está.

Kai me deu o maior sermão pelas coisas que falei para Alicia, e eu concordo que fui completamente idiota. Se arrependimento matasse, já estaria morto e enterrado.

Contratei um detetive particular para descobrir a localização de Alicia. Fui até seu apartamento há alguns meses, mas o síndico me informou que ela tinha se mudado.

Também assumi o controle da mafia irlandesa, talvez seja melhor assim. Meu pai para de me atazanar e consigo saber sobre o Nathan; mantê-lo na linha.

Vejo um pequeno ser entrar no escritório de casa e automaticamente abro um sorriso.

Papai, quê calinho! — Felicity corre até mim com os bracinhos levantados e a pego no colo.

Minha filha já está com dois anos e três meses, a coisinha mais linda e esperta.

— Você quer carinho, princesa? — ela assente e dou vários beijos em seu rostinho. — Ai filha, alguém tem que bater no papai por ele ter sido tão idiota... — sinto uma pequena ardência na minha bochecha e encaro Fê com o sorriso repleto de dentinhos.— Obrigado, então.

Suspiro.

— Sinto saudades da Alicia... sabia que você vai ter um irmãozinho? Assim que eu encontrar aquela mulher, vou tentar consertar todo o mal que lhe causei. — brinco com os pezinhos da minha filha.

— Ali... — Felicity murmura.

— É, bebê, acho que no fundo sempre soube que sentia algo a mais por Alicia... desde que ela chegou com sua língua afiada e sua expressão brava que pra mim acaba sendo fofa. — sorrio com uma lembrança que passou pela minha cabeça. — Talvez eu tenha sido um babaca com ela porque tinha medo desses sentimentos...

Fê olha para mim atentamente como se entendesse minha fala.

— E agora estou fazendo com que você seja minha terapeuta.

Uma batida resoa na porta e olho para frente, tendo a visão do detetive que trabalha para mim.

— Senhor? Vim buscar a Felicity para lhe dar banho. — Jaque aparece no escritório e confirmo com a cabeça.

— Okay. Tchau, filha. — beijo sua bochecha, a entrego para Jaque.

Assim que elas saem do local, tomo minha pose séria e me ajeito na cadeira.

— Descobriu aonde ela está? — indago e Marcus assente.

— Sim... e temo que a notícia não lhe agrade muito. — o homem se senta na cadeira. — A senhorita Alicia mora em um dos apartamentos no Upper East Side... e está namorando com Nathan Sanchez.

Meu sangue gela.

A Alicia está com o Nathan?

Desgraçado...

— Qual o endereço? — pergunto e Marcus me passa todas as informações. — Obrigado pelos seus serviços, vou transferir hoje mesmo o dinheiro para sua conta.

O homem assente, se levantando em seguida e saindo do escritório.

Acho que tenho que fazer uma visitinha para aquele filho da puta.

•••

Alicia

⚠️ Essa parte pode conter gatilhos: Abuso sexual/ Violência.

Engulo o choro quando sinto Nathan me penetrar violentamente, ele me beija com força e olho para parede esperando que toda aquela tortura passe.

— Gostosa... — ele geme com os olhos fechados, despejando seu esperma no meu interior.

Nathan me olha bravo e agarra meu pescoço com força.

— Não gostou, sua puta? — tento respirar mas seu aperto se intensifica. — Nem para me satisfazer serve...

— Nathan... para. — peço fraquinho, com minha visão começando a escurecer.

Uma dor latejante toma conta do meu nariz e sinto-me desnorteada por alguns segundos.

Ele me deu um soco...

— Agradeça aos céus por eu não acabar com sua vida, ultimamente suas atitudes está me desagradando demais. — Nathan sai de cima de mim começando a vestir sua roupa. — Vou sair agora, não me espere acordada.

O mesmo sorri me dando um beijo na bochecha.

Não consigo me mexer, na verdade não consigo processar a situação que me encontro.

Como parei aqui? A culpa é minha... eu não devia ter confiado nele.

Me levanto com todo meu corpo dolorido e solto um gritinho quando sinto uma pontada de dor em meu ventre.

Por favor, que não seja nada...

Caminho lentamente até o banheiro, tirando o restante da minha roupa e entrando no chuveiro.

A água escorre pelo meu corpo, junto com minhas lágrimas que permito que caiam.

Não posso viver assim, não posso colocar a vida do meu filho em risco...

Alguns minutos depois, estou deitada na cama com meus pensamentos assombrosos.

Meus olhos estão inchados e um pressentimento ruim toma conta do meu coração.

Aliso minha barriga fazendo com que todo o choro venha a tona novamente.

— Desculpa por sua mãe está sendo fraca, bebê... — soluço com a visão embaçada devido as lágrimas. — Eu tenho medo dele, muito... — respiro fundo. — Sabe, o seu pai é um babaca, mas tenho certeza que é uma boa pessoa. Talvez ele esteja arrependido, ou é só sua mãe criando cenários na cabeça para achar que alguém se importa.

Meus olhos pesam e apago a luz no abajur.

— Boa noite, querido, espero que nada de mal lhe aconteça...

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(830 palavras)

Minha gente, as minhas histórias são puro sofrimento 💔

Me digam o que estão achando do desenvolvimento da história? Qualquer crítica construtiva é sempre bem-vinda :)

Votem e comentem bastante, desculpa qualquer erro.

Bjs, autora ✨

Meu Doce Inferno Onde histórias criam vida. Descubra agora