William
Tomo um remédio para dor de cabeça enquanto tento descobrir algum paradeiro de Alicia.
Seis meses sem vê-la, não sei como a mesma está... como meu filho está.
Kai me deu o maior sermão pelas coisas que falei para Alicia, e eu concordo que fui completamente idiota. Se arrependimento matasse, já estaria morto e enterrado.
Contratei um detetive particular para descobrir a localização de Alicia. Fui até seu apartamento há alguns meses, mas o síndico me informou que ela tinha se mudado.
Também assumi o controle da mafia irlandesa, talvez seja melhor assim. Meu pai para de me atazanar e consigo saber sobre o Nathan; mantê-lo na linha.
Vejo um pequeno ser entrar no escritório de casa e automaticamente abro um sorriso.
— Papai, quê calinho! — Felicity corre até mim com os bracinhos levantados e a pego no colo.
Minha filha já está com dois anos e três meses, a coisinha mais linda e esperta.
— Você quer carinho, princesa? — ela assente e dou vários beijos em seu rostinho. — Ai filha, alguém tem que bater no papai por ele ter sido tão idiota... — sinto uma pequena ardência na minha bochecha e encaro Fê com o sorriso repleto de dentinhos.— Obrigado, então.
Suspiro.
— Sinto saudades da Alicia... sabia que você vai ter um irmãozinho? Assim que eu encontrar aquela mulher, vou tentar consertar todo o mal que lhe causei. — brinco com os pezinhos da minha filha.
— Ali... — Felicity murmura.
— É, bebê, acho que no fundo sempre soube que sentia algo a mais por Alicia... desde que ela chegou com sua língua afiada e sua expressão brava que pra mim acaba sendo fofa. — sorrio com uma lembrança que passou pela minha cabeça. — Talvez eu tenha sido um babaca com ela porque tinha medo desses sentimentos...
Fê olha para mim atentamente como se entendesse minha fala.
— E agora estou fazendo com que você seja minha terapeuta.
Uma batida resoa na porta e olho para frente, tendo a visão do detetive que trabalha para mim.
— Senhor? Vim buscar a Felicity para lhe dar banho. — Jaque aparece no escritório e confirmo com a cabeça.
— Okay. Tchau, filha. — beijo sua bochecha, a entrego para Jaque.
Assim que elas saem do local, tomo minha pose séria e me ajeito na cadeira.
— Descobriu aonde ela está? — indago e Marcus assente.
— Sim... e temo que a notícia não lhe agrade muito. — o homem se senta na cadeira. — A senhorita Alicia mora em um dos apartamentos no Upper East Side... e está namorando com Nathan Sanchez.
Meu sangue gela.
A Alicia está com o Nathan?
Desgraçado...
— Qual o endereço? — pergunto e Marcus me passa todas as informações. — Obrigado pelos seus serviços, vou transferir hoje mesmo o dinheiro para sua conta.
O homem assente, se levantando em seguida e saindo do escritório.
Acho que tenho que fazer uma visitinha para aquele filho da puta.
•••
Alicia
⚠️ Essa parte pode conter gatilhos: Abuso sexual/ Violência.
Engulo o choro quando sinto Nathan me penetrar violentamente, ele me beija com força e olho para parede esperando que toda aquela tortura passe.
— Gostosa... — ele geme com os olhos fechados, despejando seu esperma no meu interior.
Nathan me olha bravo e agarra meu pescoço com força.
— Não gostou, sua puta? — tento respirar mas seu aperto se intensifica. — Nem para me satisfazer serve...
— Nathan... para. — peço fraquinho, com minha visão começando a escurecer.
Uma dor latejante toma conta do meu nariz e sinto-me desnorteada por alguns segundos.
Ele me deu um soco...
— Agradeça aos céus por eu não acabar com sua vida, ultimamente suas atitudes está me desagradando demais. — Nathan sai de cima de mim começando a vestir sua roupa. — Vou sair agora, não me espere acordada.
O mesmo sorri me dando um beijo na bochecha.
Não consigo me mexer, na verdade não consigo processar a situação que me encontro.
Como parei aqui? A culpa é minha... eu não devia ter confiado nele.
Me levanto com todo meu corpo dolorido e solto um gritinho quando sinto uma pontada de dor em meu ventre.
Por favor, que não seja nada...
Caminho lentamente até o banheiro, tirando o restante da minha roupa e entrando no chuveiro.
A água escorre pelo meu corpo, junto com minhas lágrimas que permito que caiam.
Não posso viver assim, não posso colocar a vida do meu filho em risco...
Alguns minutos depois, estou deitada na cama com meus pensamentos assombrosos.
Meus olhos estão inchados e um pressentimento ruim toma conta do meu coração.
Aliso minha barriga fazendo com que todo o choro venha a tona novamente.
— Desculpa por sua mãe está sendo fraca, bebê... — soluço com a visão embaçada devido as lágrimas. — Eu tenho medo dele, muito... — respiro fundo. — Sabe, o seu pai é um babaca, mas tenho certeza que é uma boa pessoa. Talvez ele esteja arrependido, ou é só sua mãe criando cenários na cabeça para achar que alguém se importa.
Meus olhos pesam e apago a luz no abajur.
— Boa noite, querido, espero que nada de mal lhe aconteça...
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(830 palavras)
Minha gente, as minhas histórias são puro sofrimento 💔
Me digam o que estão achando do desenvolvimento da história? Qualquer crítica construtiva é sempre bem-vinda :)
Votem e comentem bastante, desculpa qualquer erro.
Bjs, autora ✨
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Meu Doce Inferno
RomanceAlicia West trabalha como secretaria em uma das maiores empresas de tecnologia de Massachusetts, a Salvatore's Corp. Uma mulher de beleza avassaladora e, acima de tudo, confiante e gentil. O único problema? Seu chefe. William Salvatore é um empres...