Capítulo 25

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William

Alguns dias depois...

Visto uma roupa normal com ajuda de Alicia e lhe dou um beijo, passando minhas mãos pela sua cintura.

— Como você está? — pergunto encarando seus lindos olhos verdes e ela abre o maior sorriso do mundo.

— Eu estou muito feliz! Nem acredito que nosso filho está vivo... — Ali responde e percebo seus olhos brilharem. — O Nathan não vai mais nos atrapalhar, nunca mais.

E lembrando no diabo.

— Tenho que fazer uma visitinha pra ele. — falo com o maxilar trincado.

— Nada disso, agora você vai descansar e tirar umas férias. Vou cuidar do Nathan. — ela diz determinada e abro um sorriso malicioso. — Para de pensar besteira, William Salvatore!

— Você me chamando assim, junto com a imagem de você comandando a máfia me deixa excitado. — confesso sem nenhuma vergonha.

— Você acabou de sair do hospital! — Ali exclama com as bochechas coradas. — Vou trazer seu almoço. 

Ela sai do quarto antes que eu fale mais alguma coisa e encaro o teto com um sorriso bobo no rosto. A porta se abre mais uma vez e vejo minha filha correr até mim, subindo na cama e se jogando em meus braços.

— Papai. — ela diz em um tom choroso e deita a cabecinha em meu peito. — Mamãe naum quê a Fê.

Me seguro para não rir do seu ciúmes e a pego no colo com cuidado.

— É claro que quer, meu bebê, sua mãe te ama muito. — falo e Felicity continua com um biquinho. — O que acha de brincar um pouco com seu irmãozinho?

Ela nega, mas me levanto da cama mesmo assim. Vou até seu quarto que no momento está dividindo com Miles e encontro meu filho com Jaque nos braços.

— Vim trazer uma garotinha ciumenta para brincar com Miles. — aviso deixando Fê na cama. Jaque faz o mesmo com Miles, mas ficando sempre por perto.

Minha princesinha observa o irmão com curiosidade e se aproxima devagar. Sem que eu espere, ela belisca o bebê e arregalo os olhos a pegando no colo.

— Felicity, não pode fazer isso. — repreendo e ela começa a chorar se debatendo em meus braços. 

Quê minha mamãe! — a mesma grita e rapidamente Alicia aparece no quarto. Jaque conseguiu acalmar Miles que já está distraído com o mordedor.

— O que aconteceu? — Ali pergunta preocupada enquanto pega Felicity.

— A Fê mordeu o Miles. — respondo e nossa filha nega com a cabeça e olha para a mãe.

— Naum modi naum. — murmura com a mãozinha na boca e Alicia sorri amorosa.

— Vai ser um pouco complicado para ela se adaptar, afinal, está acostumada a ter nossa atenção a todo minuto. — Ali beija sua mãozinha. — Vou passear um pouco com ela no jardim.

Elas saem e olho para meu filho que morde seu brinquedo. O pego no colo deixando um leve selar na sua bochecha.

— Ele é muito calmo. — Jaque comenta. — Acho que Felicity e Miles vão ser o verdadeiro significado de guerra fria. — dou risada percebendo que é verdade. Felicity mesmo com dois anos sempre mostrou ter um temperamento forte. — Mas sinto que os dois vão se amar muito.

— Vão sim. — sorrio para Jaque e seu celular toca. Ela o pega no bolso da calça e seu sorriso se desmancha um pouco.

— Eu... será que posso resolver uma coisa, senhor? — ela pergunta.

— Claro que sim, e sem essa de senhor, Jaque. Pode me chamar de Will. — a ruiva assente e beija a mãozinha de Miles antes de sair do quarto.

— Parece que somos só eu e você, garotão.

•••

Alicia

Percebo que minha filha dormiu e continuo com os movimentos na cadeira de balanço. Retiro meu peito de sua boca me levantando com cuidado para não acordá-la.

Subo as escadas e entro no quarto de Felicity, encontrando Will ajeitando Miles no berço. Faço o mesmo com minha princesinha e deposito um beijo casto em sua testa, depois repito esse ato na mãozinha do meu príncipe e saio do quarto junto com Will.

— Vamos descer para almoçar. — falo caminhando até às escadas. A porta da sala é aberta e Jaque aparece com os olhos vermelhos, mas tenta sorrir assim que nos ver.

— Perdão pelo sumiço, tive que resolver umas coisas. — diz com a cabeça baixa.

Olho para Will em um pedido silencioso e ele assente, saindo da sala e se dirigindo até a cozinha. Passo meu braço pelos ombros magros da minha amiga e vamos até o jardim, sentando nas cadeiras acolchoadas que tem lá.

— Quer me contar o que aconteceu? — questiono acariciando suas costas.

— Eu... — Jaque se perde nas palavras e enxuga uma lágrima solitária que desliza pelo seu rosto. — Meu marido pediu o divórcio... disse que sou inútil e que não sirvo nem para gerar uma criança.

Sinto meu peito doer pela minha amiga e trago sua cabeça para se encostar no meu ombro. A abraço firme, passando uma frase silenciosa “você não está sozinha”.

— Eu sinto muito, querida. Sei como é a dor e não desejaria isso para ninguém. — digo chorando junto a ela. — Você é uma pessoa maravilhosa, Jaque. Seu marido é um homem horrível, até ouso dizer que essa separação foi melhor. Você merece alguém que te ame e te valorize, que olhe para você como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.

Acalento minha amiga que tanto me ajudou quando precisei, minha amiga doce e bondosa que sempre ajudou o mundo apesar do mesmo não lhe devolver tamanha gentileza.

— Você vai ficar bem, vou te ajudar com isso. — beijo sua testa e ela fecha os olhos. — Você é uma irmã que a vida me deu. Eu te amo.

— Você também é minha irmã, Ali, e eu te amo.

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(940 palavras)

Esse capítulo foi muito amor 🥺

A Ali e a Jaque 🤕❤️

Meu Doce Inferno Onde histórias criam vida. Descubra agora