Capítulo 13

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William

Ajudo Alicia a se trocar enquanto a mesma mantém uma expressão indecifrável, ela está assim há três dias...

Hoje vamos sair do hospital, obviamente a levarei para morar comigo; não acho que Alicia ficará bem estando sozinha.

— Vou só assinar os papéis da sua alta, okay? Pode me esperar aqui? — ela assente.

É só isso que ela faz nos últimos dias, ou solta palavras monossilábicas com as feições duras.

Desde aquele dia, não a vi chorar ou expressar de alguma forma que não está bem.

Estou começando a ficar preocupado... 

Vou até a recepção, assino alguns papéis do pagamento do hospital e da alta. Pego uma cadeira de rodas já que Alicia passou por uma cirurgia e não poderá fazer esforço.

Faltava só três meses pro meu filho nascer... o médico tinha me dito que seria um menino, e ao receber aquela notícia, desabei no corredor do hospital sem me importar com os olhares curiosos.

Ainda não conversei com a Alicia sobre o enterro do bebê, e sinceramente, acho que nem eu tenho forças para isso.

Volto para o quarto observando Ali em pé em frente a janela, percebo que ela está olhando para uma área de recreamento aonde há várias crianças brincando.

— Princesa... — me aproximo dela encostando meu corpo junto ao seu, colando minhas mãos sobre seus ombros.

— Eu o perdi...meu filho está morto e a culpa é minha. Fui tola ao confiar totalmente em alguém no curto período de tempo... — Alicia chora fortemente ao ponto de soluçar e nego com a cabeça.

A abraço fazendo com ela fique com a cabeça encosta em meu peito e afago seus cabelos.

— A culpa não é, e nunca será sua, meu amor. Você é boa, não tola, por isso enxerga esperança nas pessoas. Tenho certeza que fez o possível para proteger o bebê, só não era a hora dele vir ao mundo. Nosso anjinho está em um bom lugar, nos protegendo...acho que ele não gostaria de ver a mãe dele chorando. — beijo sua testa e acaricio seu rosto cansado, mas lindo.

— O nome dele seria Benedict... significa “bendito” “abençoado”. — ela diz fraquinho.

Sei que fui um desgraçado com Alicia, a magoei de várias maneiras e tenho plena convicção de que ninguém me odeia mais do que eu mesmo. Não a apoiei, não a protegi... não fui capaz de impedir que ela sentisse essa dor.

Mas não mais, dessa vez Alicia caiu e eu a segurei, fui seu porto seguro quando ela não tinha esperanças e forças para nada.

Não a deixarei novamente, não serei um filha da puta, não com ela. Tentarei curá-la, mesmo que eu esteja quebrado. Porém isso não tem problema, porque tudo o que importa agora é fazer com que essa doce mulher em meus braços volte a brilhar novamente.

Quero voltar a ouvir sua risada, suas provocações, quero que ela volte a ter sua paz... vou me encarregar para que isso aconteça.

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(490 palavras)

Capítulo curtinho mas só para vcs verem um pouco do ponto de vista do Will. O que estão achando dele?

Os leitores vendo o Will nesse capítulo: jubileu está estranho hoje, eu tenho medo...

Votem e comentem bastante, desculpa qualquer erro.

Bjs, autora ✨

Meu Doce Inferno Onde histórias criam vida. Descubra agora