Capítulo 14

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William entra comigo na sua enorme casa e olho em volta vendo que não mudou quase nada.

- Você quer comer alguma coisa? - ele pergunta e nego com a cabeça.

- Não estou com fome, só quero dormir. - respondo meio áspera.

- Princesa, você não tomou café, precisa se alimentar. - insiste enquanto coloca minhas malas no chão.

Will disse que seria melhor eu passar um tempo com ele, tanto porque não queria me deixar sozinha, quanto pelo fato daquele monstro estar solto.

- Eu realmente só quero dormir... depois eu como alguma coisa, prometo. - ele suspira e assente.

- Vem, vou te levar para seu quarto. - me pega no colo e deito a cabeça em seu peito.

O curto caminho foi feito em silêncio, nem um dos dois sabia o que dizer; também sinto que não tenho forças para conversar ou até para me manter respirando.

Will entra em um quarto luxuoso com a decoração toda em tons claros. Uma cama enorme que facilmente caberiam seis pessoa; um pequeno sofá creme; uma televisão que ao lado possuía uma cômoda; do lado esquerdo um espaço que dava para o closet e o banheiro, acredito eu.

Ele me deita na cama e me cobre com delicadeza, como se tivesse medo de me quebrar

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Ele me deita na cama e me cobre com delicadeza, como se tivesse medo de me quebrar. Em seguida, Will fecha às cortinas e ligar o ar condicionado.

- Precisa de mais alguma coisa? - pergunta acariciando meus cabelos.

- Você... pode ficar aqui comigo? Até eu dormir? - indago baixinho.

- Claro que sim, princesa.

Will tira seus sapatos e se deita ao meu lado, puxando meu corpo para se juntar ao seu. Minha cabeça descansa em seu peito e fecho os olhos mantendo a respiração calma.

- Pode dormir tranquila, linda. Não vou deixar que nada de mal te aconteça outra vez...

•••

Acordo sentindo uma mãozinha em meu rosto e abro os olhos com dificuldade. Percebo que Will não está na cama, mas no lugar dele se encontra Felicity com seu sorriso fofo.

- Ah, faz tempo que eu não te vejo, princesinha. - a pego nos braços e Fê se aconchega em meu peito.

Engulo em seco segurando a vontade de chorar.

A garotinha prende a pequena mão em minha blusa tentando puxá-la para baixo.

- Oh...- Fê encosta a boca em meu seio mas a impeço, na mesma hora um biquinho se forma em seus lábios. - Eu tenho leite...estava grávida do seu irmãozinho, mas ele teve que ir para o céu. - um aperto forte toma conta do meu peito como se estivesse pressionando minhas costelas. - Não sei se o seu pai vai gostar que eu te amamente.

A pequena começa a chorar e coçar os olhinhos como se estivesse com sono.

- Ah meu amor, não chora. - fico agoniada ao ver seu desespero e não poder fazer nada.

- Alicia? Desculpa, ela acabou saindo do quarto dela e veio até o seu. - William vem até mim tentando retirar Felicity dos meus braços.

- Ela... quer mamar. - constato fazendo um carinho em sua bochecha vermelhinha.

- Não precisa fazer isso, princesa. Ela só está abusadinha por conta do sono. - diz reconfortante.

- Por mim não tem problema... - volto meu olhar para Will que me observa preocupado.

- Você tem certeza? - assinto. - Tudo bem...

Abaixo mais a minha blusa posicionando a boquinha de Fê para meu seio. Dói um pouco quando o leite começa a sair e também quando a pequena morde de leve o bico, mas depois ela se acostuma e a dor vai passando aos poucos.

Os pensamentos tristes tendem a tomar conta da minha cabeça e seguro o choro.

Daqui a alguns meses eu estaria com meu filho nos braços, ouvindo seu chorinho e o acalentando; prometendo protegê-lo de tudo e de todos.

Não pude segurá-lo uma única vez...

- Ali... - Will se senta ao meu lado da cama e encosta minhas costas junto as suas. - Quer que eu leve a Fê embora? - nego com a cabeça.

- Tudo bem... eu só sinto falta do meu bebê que nem pude ter a chance de conhecê-lo. - meu corpo treme e meus soluços ecoam pelo quarto. - Dói muito, Will.

- Eu sei, querida... eu sei. - ele beija minha testa e olho para seu rosto que também se encontra molhado devido as lágrimas. - E vai doer por um bom tempo, mas vamos passar por isso juntos!

- Achei que me odiasse. - falo baixinho.

- Como eu poderia te odiar, meu amor? Fui horrível com você, mas no fundo estava com medo da verdade. - pega em meu queixo e enxuga alguns lágrimas.

- Que verdade? - questiono encarando seus olhos tão intensos.

- Que estava me apaixonando por você...

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(750 palavras)

Gostaram do capítulo? Deixar um mini suspense para vocês hehehe

Votem e comentem bastante, desculpa qualquer erro.

Bjs, autora ✨

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