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Em um reino distante das diversas nações, escondido entre os bosque de árvores tortas e montanhas cobertas de musgo, havia um vilarejo, o mais distante do Palácio Real e o mais próximo do castelo de uma criatura antiga, existente desde os primórdi...

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Em um reino distante das diversas nações, escondido entre os bosque de árvores tortas e montanhas cobertas de musgo, havia um vilarejo, o mais distante do Palácio Real e o mais próximo do castelo de uma criatura antiga, existente desde os primórdios da construção das cortes e dos reinados dos reis e rainhas.

Muito se ouvia falar da mulher, mas tampouco a conheciam. Se um dia fora vista longe de suas propriedades, virou-se apenas uma ilusão, uma história de um bêbado ou de um lunático. Para muitos naquele vilarejo, a existência da bruxa era um mito fantasioso, alimentado pelo medo de perder-se na floresta de árvores negras, onde diziam às crianças que quem entrasse no bosque iria ser pego pela bruxa e seriam obrigados a trabalhar pelo resto da eternidade, trancados no castelo. Essas histórias eram o suficiente para manter os jovens longe das propriedades da criatura. Entretanto, os anciãos do vilarejo sabiam da verdade, lutaram na guerra anos atrás contra criaturas vindas da força da natureza, cuja o poder era dado pela mesma, e vira muitas espécies e seres que se assemelhavam a criatura escondida por trás daquela floresta obscura, eles a temiam acima de tudo. E mesmo com os avisos contínuos de suas histórias da guerra, os adultos ignoravam, entrando na selva em busca de ervas e frutas, pois embora parecesse assustadora, era um solo rico e próspero, com diversos tipos de hortaliças e pomos.

E hora ou outra, ouvia-se boatos de terem ouvidos passos e sussurros de desespero na ponta do ouvido, como também vultos e cheiro de magia envolto no ar, quando alguns homens voltavam do bosque estavam febris, gritando presos em uma alucinação que nunca conseguiam escapar, aprisionados no mais puro e profundo desespero de suas almas, os levando ao precipício da loucura, os tirando de qualquer sanidade existente em seus seres. Muitas daquelas pobres pessoas loucas, fugiram temendo trazer o mal a própria família ou davam um final na própria dor, procurando o consolo na miserável e traiçoeira morte.

Neste vilarejo, morava um casal apaixonado e fadado ao desalento, envoltos na desgraça da praga de uma doença, a pobre esposa grávida temia dar o último suspiro a qualquer segundo e o marido em perder em um piscar de olhos o que tinha de mais precioso no mundo, sua família. O camponês mal podia conter sua frustração com o médico lhe dizendo que não podia fazer mais nada pela sua esposa e que ele deveria preparar-se para o pior, apesar da notícia, o homem não desistiu e lembrou-se ainda tinha um tempo, três semanas, segundo o curandeiro, antes a mulher descansasse para todo sempre, e usaria esse tempo para fazer o impossível para buscar uma cura. O camponês lembrou-se de um dia ter escutado seu avô contando uma história da bruxa que continha uma poção que podia curar qualquer doença e mal existente, como também, ferramentas que poderiam proteger de qualquer magia vigente no ar do bosque. Assim, recolhendo os acessórios devidos: uma semente visco, uma lasca da madeira de freixo e uma mistura de ervas (mugwort, arnika, estragon e kerbel) amarradas por um fio de cabelo e colocadas em um saquinho de algodão, como nas advertências de seu avô, partiu do vilarejo.

O entardecer de tons alaranjados e amarelos espalhava-se pelo céu atrás de si, mas mesmo que o coração do camponês estivesse apertado por ter de deixar a esposa naquela situação, seguiu em frente, pensando que estava fazendo isso pela família que iriam construir. A cada passo que o homem dava, sentia o cheiro desagradável de magia pairando no ar, como um amargor na ponta da língua, fazendo eriçar os fios da nuca. ── um extinto do ser humano, demonstrando medo, que há algo de errado naquele lugar e deveria correr. Para longe ── Apesar de sentir seu corpo ficando mais lento, não parou para descansar, apoiou-se nos troncos escuros e uma fumaça escura foi exalada pelos buracos da madeira. O camponês começou a tossir, engasgando-se com o gás à sua volta, suas pernas tremiam para sustentar seu peso e foram os primeiros a trair sua mente que tentava lutar para escapar daquele lugar, caindo de joelhos terra, projetando seu corpo para frente e antes que caísse, espalmou as mãos no chão. Seu cérebro implorava que agisse, que tirasse o visco do bolso e colocasse na boca uma semente. No entanto, não importava o quanto sua mente gritasse por trás da névoa que envenenava todo seu corpo, ele não o respondia mais. E aquela morte, era a mais desesperadora do que poderia ter imaginado, ter ciência do que irá acontecer e não poder evitar, apenas, esperar que ela chegue até você.

Nuances Na Paleta Do Amor | TH | Onde histórias criam vida. Descubra agora