Livro 1° da série "Signed: Love"
Mary é contra a ideia de ter que se casar, e tenta ao máximo logo assustar todos seus pretendentes, mas seus esforços vão caem por terra o Conde Kangjoon retorna a Leondeon, não por ainda gostar de seu amor de infânc...
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16 de junho, 1803. Leondeon. White Hall.
A ELEGANTE SALA azul ciano de visitas de Jane estava agora um pouco barulhenta que as comuns tardes de quinta, o motivo eram as três mulheres reunidas ali, ─ Lylia estava visitando Mary depois de dois meses viajando com o marido. Então ficou sem ir todas terças e quintas, os dias quais as duas se reuniam para conversar sobre tudo que podiam, discutiam desde política e física até vestidos e chapéus. ─ Não que incomodasse a Viscondessa a euforia das duas, pelo contrário, sempre amou quando a escocesa ia visitá-los para tomar um chá.
── Como foi ter ficado sem minha presença por tanto tempo? ─ Mary perguntou em tom brincalhão, enquanto tomava um gole de chá natural. ── Acredito que tenha sido uma experiência abominosa.
Lylia desviou o olhar para a amiga, rindo por baixo do guardanapo. Seu rosto era sempre tão radiante e quando sorria suas maçãs do rosto se arqueavam, fazendo com que aparecesse pequenas ruguinhas nos cantos dos olhos.
Seus cabelos ruivos cacheados estavam presos em um penteado no topo da cabeça, com apenas alguns fios soltos ao lado do rosto. Vestia um vestido azul, um tom mais claro que o sofá qual sentava.
── Ah, pelo contrário, me senti afortunada. Não precisei me preocupar com alguém bordando flores esquisitas em meus lenços. ─ Brincou, e dessa vez quem riu foi Jane.
Mary sempre pegava os lenços ─ distraída e não por querer justamente os da amiga, por isso várias vezes enquanto conversavam acabou bordando nos dela e só percebendo quando estava na metade. ─, para bordar algo novo que aprendeu.
── Elas não são tão feias assim. ─ Reclamou, mostrando o último de seus bordados, o que mais parecia uma maça defeituosa ao invés de uma rosa. Nem todas damas tinham o dom de bordar, e Mary era uma das que não fora presenteada por esse feito.
── É exótica. ─ Observou Lylia, pegando o lenço branco perolado. Passando o dedo por cima do fio vermelho, com os pontos desalinhados.
── Exatamente como queria. ─ Garantiu Mary sorrindo, ao pegar um biscoito na bandeja na mesa de centro.
Lylia riu, um som baixo e harmonioso que foi retribuído por um sorriso afetuoso -── surgindo o arco angelical de suas covinhas - por parte da amiga.
── Aliás, ─ começou Lylia animada, deslizando para mais perto de Mary. ── Me conte como o Visconde Walter machucou o tornozelo enquanto dançava com você no baile.
Mary conteve uma risada no fundo de sua garganta, e recebeu um olhar repressivo com misto de divertimento da mãe.
── Nem me lembre desse desastre, ainda não acredito que o pobre homem se lesionou. ── A Viscondesa se queixou.
── Coitado são meus ouvidos por terem ouvido suas palavras repudiantes sobre mulheres serem propriedades e... ─ Mary pigarreou, ajeitando a postura ao imitar: ── " Verdadeiras damas deveriam pensar em nada além do seu próximo bordado."
