CAPÍTULO 2

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Sigo a mais uma pista furada sobre o que acontecera com o grande Capo Marino, após meses sem ter nada de concreto

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Sigo a mais uma pista furada sobre o que acontecera com o grande Capo Marino, após meses sem ter nada de concreto. Já estou ficando puto com tanta mentira que sai daquele conselho. No fundo do meu âmago fodido, sinto que no meio deles está quem dera a ordem para matá-lo daquela forma. Ele sempre foi muito invejado por todos. Além de ter uma ótima administração da máfia, ainda era respeitado por todos. Inclusive por seus inimigos.

Por esse motivo, nada tira da minha cabeça que seu algoz teve liberdade para alcançá-lo com a ajuda de quem convivia com ele, que conhecia sua rotina, fraqueza e força. Infelizmente eu era só um moleque quando ele morreu. Até passei um tempo fazendo minhas buscas, matei alguns filhos da puta que não serviram para porra nenhuma, montei minha própria rede de aliados e grupo de soldados em que confio plenamente.

No entanto, sempre que chego perto de mais alguma pista consideravelmente relevante, um rastro, o mínimo de informação que seja, vejo nada tem valor. Fico puto. Tanta energia desperdiçada nisso e parece que nunca saí do lugar.

Numa tarde, na Calábria, recebi uma mensagem anônima escrita num papel que dizia que eu estava muito perto do envolvido na morte do grande capo, mas que era exatamente isso me impedia de resolver o tal mistério. Concluí que precisava mudar de cenário, ainda que estivesse me levando por um papel qualquer, resolvi me mudar. Com a fundação de mais uma empresa Marino nos Estados Unidos, decidi morar aqui de vez, ou até consegui resolver esse enigma que já perdura por décadas, e então poder me vingar.

Minha família não concorda com o fato de que ainda tenha essa obsessão por vingança, mas eles mão entendem. Ninguém me entende, na verdade. Fui eu que tive que assistir meu progenitor sendo esquartejado ainda vivo. Lembro-me bem dos seus olhos em minha direção enquanto era mutilado. Até o momento em que seus olhos se fecharam de vez, ele me protegeu. Não posso e não vou decepcioná-lo por causa da opinião alheia.

A única vez que deixei que a vontade dos outros sobrepusesse a minha foi quando tive que cumprir o contrato de casamento que o capo havia feito com seu amigo. Não me opus a isso pois foi a última vontade do meu progenitor. Entretanto, me casei sem sentir nenhum tipo de afeto por minha noiva. Apesar de ser uma mulher muito bonita e requintada, nunca consegui vê-la diferente do que vejo hoje, como um contrato assinado. Tivemos que consumar o casamento para que todos vissem que era pura, mas nem mesmo neste momento consegui sentir qualquer afeição por ela.

Walkiria se tornou uma mulher extremamente esnobe. Sua arrogância chega a ser pior do que a minha. Só vive enfiada em salões de beleza, shoppings, clubes, coisas que não perco meu tempo para ir já que passo a maior parte do meu tempo na empresa ou ocupado com os assuntos da máfia que passei a comandar daqui mesmo. Eu e Walkiria quase não ficamos sob o mesmo teto. As poucas vezes que fizemos sexo foi por muita insistência dela e porque eu não tinha com quem meter. Mas, não sinto tesão nenhum por ela.

Quando sinto vontade de foder, vou a uma de minhas boates e peço minha gerente para me arrumar uma puta. Quando eu entro no quarto, a mulher já está do jeito que gosto nua e com os olhos vendados. Isso porque desde quando minha mãe descobriu que eu transava com mulheres e depois as matava, encheu o meu saco para que parasse de matá-las. Então, criei o hábito de só foder com mulheres cujos olhos estejam vendados, só assim não levarão a culpa de ter me visto. Com essa estranha atitude, poupei a vida de muitas.

VINGANÇA MARINO I - (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora