CAPÍTULO 28

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Chegamos em casa sem trocarmos uma palavra sobre o ocorrido, embora milhares de coisas se passassem pela minha cabeça, as palavras certamente não sairiam pela minha boca

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Chegamos em casa sem trocarmos uma palavra sobre o ocorrido, embora milhares de coisas se passassem pela minha cabeça, as palavras certamente não sairiam pela minha boca. Principalmente, porque Lorenzo estava na direção do veículo e não olhou para o lado. Pelo menos que eu tenha visto.

Essa situação me trouxe o despertar de como será meu futuro com Lorenzo. Agora posso entender todo receio que ele tem de sair comigo. Pude ver em seus olhos o desespero que ficou quando me encostou na parede dizendo que havia pessoas nos seguindo. Eu nunca o vi tão preocupado assim, porém sua postura durante o ataque me pareceu bem calma. É provável que já esteja mais que acostumado com essas coisas.

- Está melhor, meu bem? - Hilda entra no quarto munida de um chá de maracujá para me acalmar, já que minhas mãos e pernas não param de tremer.

- Um pouco! - Pego a xícara e bebo do chá. Uma sensação de calmaria me toma, mas as imagens das pessoas mortas ainda estão em minha memória. - O Lorenzo estava tão calmo, Hildinha... parecia que ele estava gostando daquilo... - Uma lágrima rola dos meus olhos.

- Não confunda as coisas, meu amor! Lorenzo está acostumado com esse tipo de coisa, infelizmente. Mas, ele estava uma pilha de nervos por causa de você. Mas, não podia deixar que você percebesse, caso contrário, você poderia ficar ainda mais agitada. - Justifica e faz sentido.

- Foi nossa primeira saída juntos, poxa! - Lamento. - Ele não vai querer sair comigo outra vez, dona Hilda.

- Lorenzo fará o que você quiser! - Declara. - Sabe que ele faz.

- Vai não...eu o perturbei para que saíssemos, quase brigamos por causa disso, e agora aconteceu isso. Foi culpa minha. - Seco uma lágrima, mas outra cai.

- Não mesmo! Tente se acalmar! Lorenzo está no escritório e logo virá vê-la.

- Ele vai sair, não vai? Eu o ouvi falando com um dos homens que trabalha pra ele que deixasse um vivo pois ia interrogá-lo, ele vai matá-lo, não é? - Minha mente se agita com a constatação de que o homem que dorme ao meu lado tem o sangue muito frio.

- Ana Luiza, ouça-me! - Dona Hilda se senta a minha frente chamando minha atenção. - Esse que você viu hoje é o homem que você escolheu, a quem declarou seu amor. Esse homem, que fez de tudo para protegê-la desse ataque, é o mesmo homem que lhe trouxe flores hoje mais cedo, sentou-se numa praça de alimentação e entrou em lojas com você. O que aconteceu hoje foi novidade pra você, mas algo comum pra ele. Por mais que tenha ocorrido tal ataque, ele já estava preparado para isso, pois sempre pensará em sua proteção antes de qualquer coisa.

- Eu sei..., mas é tão estranho. A frieza dele ao atirar num ser humano, sem qualquer remorso, me deixa...

- Analu, Lorenzo é assim! Mas tem de pensar como ele é contigo. Acha que aquele homem teria a mesma humanidade que você criticou em Lorenzo? - Dou de ombros. - Ele teria atirado nele e em você. Essa situação aconteceu para talvez tirar de você qualquer dúvida que ainda tenha sobre vocês.

VINGANÇA MARINO I - (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora