CAPÍTILO 7

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Deixar que Analu saísse a noite pela primeira vez foi de doer meu coração

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Deixar que Analu saísse a noite pela primeira vez foi de doer meu coração. Sei que saiu com Helena que, apesar de ser doidinha, é uma mulher muito responsável e que jamais colocaria minha menina em risco. Além de que ela tem razão nas muitas vezes que disse que prendo muito minha filha, além de mimá-la o tempo todo.

Foi a primeira e única coisa que Lorenzo falou dela.

Muito me estranha ele não ter se apegado a Ana Luiza como todos. Principalmente porque ambos têm interesses em comum. Pietro até deu um chilique quando mencionei isso. Na mesma hora fez drama emocional pra Analu dizendo-lhe que iria esquecê-lo por causa do irmão mais velho. Não sei de onde meu filho tira essas coisas, nunca entendi porque desse ciúme exagerado.

Outra coisa que não entendi muito foi a saída repentina da mal-amada da Walkiria e daquela sombra que é a irmã dela, logo depois que as meninas se foram. Certamente, deve ter ido gastar o dinheiro que não é dela, já que não faz um esforço para nada. Ainda quis se meter na minha lista de ceia de Natal, tudo isso para se mostrar a dona de casa que nunca conseguiu ou se esforçou pra ser e nunca será.

Ridícula!

- O que foi, Leda? -Hilda fala se aproximando de mim. - Não vai me dizer que já está preocupada com Analu?

-Tem dúvidas disso? - Digo, pegando a xícara de chá que ela traz para podermos tomarmos como sempre fazíamos antes. - Ela é tão inocente, Hildinha. Tenho medo de se machucar.

- É só uma saída, Leda. Deixa a menina se divertir. - Declara. - Daqui a pouco as aulas dela iniciam e, pelo pouco que a conheço, ficará enfiada nos livros o tempo inteiro. Deixa-a viver um pouquinho.

- Eu sei. Sou apegada demais a ela. Desde quando nasceu.

- Eu sei, amiga! Seu sonho sempre foi ser mãe de uma menina. Vi sua felicidade quando Lucy disse que estava grávida de uma menina. - Relembra e me emociono. Realmente sempre quis uma menina como filha.

- Fiquei radiante! Eu e Lucy brincávamos dizendo que eu roubaria a bebê assim que nascesse. - Suspiro pesarosa. - Por isso fiz de tudo para tirá-la daquele abrigo onde ficou após a morte de seus pais. Minha menininha estava tão abatida e confusa.

- Mas agora ela tem você! E sei que, onde estiver, Lucy está muito grata a você por isso. - Declara me trazendo alento.

- Você sabe que quem fez o parto dela foi Lorenzo, não sabe?

- Claro que sei! - Diz dando uma golada na bebida, se ajeitando na poltrona ao meu lado. - Lembro perfeitamente dele tentar entrar em casa todo sujo de sangue de sei lá quem. O impedi na hora, já que Pietro era só um garotinho e poderia se assustar quando o visse daquele jeito. - Rimos.

- Pois é. Ela não queria fazer. Mas, quando Lucy praticamente implorou pela ajuda, meu filho logo mudou de postura. Lembro que levou tudo tão a sério, tão responsável e solícito à situação que nem pareceu aquele jovem amargurado que era.

VINGANÇA MARINO I - (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora