CAPÍTULO 14

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Já faz uma semana que comecei uma busca sobre D'angelo e até agora não consegui nada sobre o miserável

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Já faz uma semana que comecei uma busca sobre D'angelo e até agora não consegui nada sobre o miserável. Certamente, deve estar um velho agora, afinal, já faz vinte seis anos que tenho o pior dia da minha vida sendo revivido a todo momento em minha memória.

Jamais esquecerei o olhar do capo pra mim, enquanto estava sendo torturado daquela forma. Não havia medo em seu olhar, menos ainda parecia estar triste. Talvez por confiar que eu cresceria e vingaria a sua morte. E farei.

Desde quando comecei minhas próprias buscas, venho matando sem nenhum remorso quem quer que seja. Não importa se é homem, mulher, velhos ou crianças, não importa. Meu ódio ao que aconteceu é incontrolável demais e, quando tenho em minhas mãos alguém que cooperou minimamente para minha trágica perda, mato sem dó nenhum. Famílias inteiras mandei para o inferno por isso.

Entretanto, desde que vi minha menina, agora uma linda mulher, outra vez, tenho sentido coisas fora do meu controle. Eu não sei o que pensar, como agir. As drogas não estão me relaxando, nem mesmo as bebidas. Estive com quatro putas ontem, fodendo-as por um dia inteiro, do jeito que gosto, com requinte de tortura, e ainda assim não fiquei satisfeito, pois queria que fosse ela.

A verdade é que o gosto daquela menina me viciou. Seus gemidos, choramingos e manha, até mesmo na hora do sexo, me deixaram dependentes dela. Mas, não posso. Não sirvo pra ela. Não há nada em mim que preste, nada em mim serve pra uma princesa como Ana Luiza.

No entanto, uma raiva me fez matar uma puta ao lembrar dela com o tal barman da minha boate. Sei que não deveria ficar assim, mas não consigo me controlar. Analu não tem ideia de que os vi juntos quando estavam na frente do nosso prédio se despedindo e continuará assim, até porque, não posso proibi-la de se relacionar com ninguém. Ela merece uma pessoa que possa lhe dá uma vida digna, que a compreenda e proteja e essa pessoa não sou eu. O foco da minha vida não é esse e nele não há espaço pra ela.

- Senhor, já vamos aterrissar.

A comissária de bordo me informa de modo sensual. Seu olhos verdes expressivos e suas curvas convidativas no uniforme, a deixam muito atraente, contudo não estou a fim de foder com ninguém agora. Aceno afirmativo e volto a beber meu whisky.

Tem três dias que fui à Itália pra uma reunião do conselho. Meu sogro, que agora é o representante geral dos conselheiros, ficou irritado quando o questionei sobre as buscas pelos assassinos do capo Marino. O filho da puta não sabe, mas sempre desconfiei ter o dedo dele no que aconteceu. Tenho conhecimento de que toda a segurança do capo, naquele dia fúnebre, foi retirada para treinamento, horas antes de tudo acontecer. E isso foi por seu comando, que na época já fazia parte do conselho, mas era o chefe da segurança do capo.

Miserável!

Como se retira todos os seguranças de um homem com a importância que o capo tinha, para poder treiná-los sem aviso prévio? Não havia ninguém que pudesse cobri-lo enquanto havia treinamento de alguns? Com certeza tem o dedo dele nisso.

VINGANÇA MARINO I - (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora