CAPÍTULO 22

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Sinto como se alguma coisa estivesse errada bem debaixo do meu nariz

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Sinto como se alguma coisa estivesse errada bem debaixo do meu nariz. Não tenho visto muito a cara sebosa da minha nada querida nora depois da morte super estranha de sua irmã detestável. Não que venha fazer falta, mas a estranheza da morte é que me deixa intrigada. Parada Cardíaca? Não colou. Sinto que Hilda sabe do motivo, mas se questionada, não dirá. E certamente, tem o dedo do Lorenzo nessa história a questão é por quê.

Meu filho também tem agido bem diferente de antes. Está aparentemente mais tranquilo, mais caseiro, sua fisionomia está mais suave e percebo que tem se drogado menos. Até passou a fazer algumas refeições conosco. Vamos ver como ele reagirá a novidade que tenho pra lhe contar. É provável que surte de uma vez, mas nada além disso.

- Hildinha, preciso de sua ajuda. Quero preparar um jantar especial para hoje. - Digo para a mulher, antes mesmo de chegar na cozinha.

- E o que quer comemorar? - Pergunta, guardando alguns utensílios no armário.

- Bom, decidi que ficarei por todo esse ano aqui em Nova York.

- Esse ano? Eu acho que você só voltará para Portugal quando a Analu estiver formada. - Diz me fazendo rir. - Quem vai ficar doido vai ser seu filho.

- Eu estou achando-o bem mais calmo agora. Ele a esposinha inútil dele. Será que estão se dando bem depois de tanto tempo num casamento frustrado? - Penso alto e ela apenas dá de ombros. Acredito que ela deve saber de alguma coisa que eu não sei. - Você não acha isso, Hilda?

- Sinceramente, eu acho que não. Talvez tenha desistido dessa vingança descabida dele.

- Seria um sonho! Vê meu filho livre desse fantasma que sei que lhe tira o sossego. - Um suspiro pesado libero por minhas narinas. - Onde está a Ana Luiza?

- Acredito que esteja no quarto. Deve estar estudando. - Diz.

-Ainda bem que ela melhorou das dores, né?! Fiquei muito assustada quando recebi a mensagem dizendo que ela estava no hospital. - Declaro.

- Também fiquei! Ela sempre teve isso? - Pergunta.

- Ana Luiza desenvolveu esse problema ainda pequena. Mas, essa crise que ela teve há uma semana foi bem mais severa. Tivemos que lhe dá calmantes para dormir devido à ansiedade que estava sentindo. Será que é por causa da faculdade?

- Por que diz isso? - Hilda pergunta confusa.

- Ela sempre sofreu preconceitos na escola, onde fazia curso de línguas... enfim, eu temo por isso.

-Bom, é melhor que ninguém se meta com ela, é uma Marino, afinal. - Diz e dou de ombros.

- Pois é! - Rimos juntas. - Uma coisa que não entendi muito bem, como Lorenzo sabia que ela estava passando mal?

- Não sabia. Quando ele chegou e foi para a sacada, local que ele sempre fica, viu que ela estava lá e certificou-se de que não estava bem. Parece que ele aferiu a temperatura dela constatando a febre alta. - Explica.

VINGANÇA MARINO I - (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora