CAPÍTULO 47

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Há duas horas tenho matado famílias inteiras nesse lugar que foi o palco da morte do homem mais importante pra mim e que agora está sendo local onde muitos estão sendo ceifados

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Há duas horas tenho matado famílias inteiras nesse lugar que foi o palco da morte do homem mais importante pra mim e que agora está sendo local onde muitos estão sendo ceifados. Como eu já imaginava e queria. Sonhei com isso toda minha adolescência e juventude. Eu queria ver todo esse sangue molhando os meus pés e agora consegui, contudo ainda não sei quem foi o mandante e isso me frustra.

- Senhor Lorenzo, por favor...- A mulher do sub-chefe do conselho implora ao ver seu filho de dezoito anos sendo degolado por um dos soldados de Fredli.

- Por favor o quê? - Digo, sentado numa cadeira posta em cima do palco assistindo a tudo.

- Não faça nada a minha filha, ela não tem nada a ver com isso. - Implora.

A mulher chora desolada enquanto a cabeça de seu filho é chutada até seus pés. A cena é realmente de terror. Sua filha, que aparenta ter doze anos idade, nem consegue chorar mais, já que sua fisionomia demonstra que está em choque. Percebo que ela ia dizer alguma coisa, contudo se limita, pois seus olhos recaem sobre seu marido que está num lado do salão junto com os outros que vou passar por um esmagador de lixo brevemente.

Percebo então que ela pode estar consciente de alguma coisa e vou me aproveitar disso.

- Então me diga quem foi o mandante! Pra quê ser fiel a um homem que passou a vida inteira sendo infiel a você? - Digo e ela me olha intrigada. - Vai dizer que não sabia também?

- Não dê ouvidos a ele, Nancy. - O crápula aconselha a esposa, mas leva um soco na boca de um soldado que está próximo. - O maldito só quer te desestabilizar para que conte a ele. Nada além disso.

- Então ele acaba de confirmar que você sabe! - Gargalho. Levanto de onde estou e sigo para onde a mulher está junto com a filha. - Preste atenção, quantas noites ele disse pra você que dormiria na sede, pois teriam reuniões por lá?

- Al...gumas vezes... - A mulher gagueja morrendo de medo da minha presença.

- Só que eu sou o Don e nunca estive em nenhuma dessas reuniões presenciais, já que quase não vinha pra cá. Como ele poderia estar em reunião sem a minha presença? Diga-me! - Infiro e ouço o homem rosnar. - Olha pra sua filha, veja o estado dela e tudo isso é culpa daquele que você quer proteger, e pior, seu próprio marido, o homem que disse num altar que te amaria e faria tudo por você, no entanto, a colocou nessa situação infernal. Será que vale a pena mesmo?

- Não o ouça, Nancy! - Esbraveja irritado e dou ordem num aceno para que um dos soldados cale a boca dele. Vejo o soldado puxar algo como um cortador de unha do bolso e sorrio ao vê-lo levar a boca do desgraçado e arrancar pedaços de sua língua. - Ahhh...Porra...- Muito mal, o homem consegue ainda balbuciar um palavrão.

- Meu Deus! - A mulher exclama em lágrimas pelo que vê. - Pare, por favor!

- Não posso parar! Se estivesse no meu lugar, tenho certeza de que faria a mesma coisa. Se a sua filha sobreviver a isso tudo, ela também irá querer vingança e não a julgo, já que estará no direito dela, mas meu pai era amigo dele. Eu via os favores que ele lhes concedia, e não eram poucos, você sabe disso. Achou justo ele que ele morresse de forma tão brutal? - Em desespero, a mulher nega com a cabeça. - Então fica a seu critério se prolonga seu próprio sofrimento vendo o que vai acontecer ou acaba logo com ele me entregando quem realmente foi o cabeça de tudo. Simples assim!

VINGANÇA MARINO I - (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora