Capítulo 13

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*Olá a todos! Quanto tempo, não é? Mas estou aqui novamente com um novo capítulo e espero que gostem desse!
Sem mais delongas, boa leitura!*


Aelin estava se exercitando no pátio anexo ao quartel-general. Todos os dias bem cedo, a rainha de Terrasen ia para lá se exercitar, acalmar a mente e praticar sua magia novamente.

Aelin sentia seus músculos se expandindo ao esticar seus braços e suas pernas, o pescoço estalou ao alongá-lo também. Os exercícios físicos a deixavam calma, lhe permitiam reconhecer o seu corpo, do que ele precisava e do que gostava. Era um alívio depois de horas sentada debaixo de suas cobertas comendo biscoitos de chocolate e lendo um livro.

A loira fechou os olhos, respirou fundo e mentalmente foi em direção a seu poço de magia. Ele estava tão cheio, parecia prestes a transbordar, mas ela sabia que isso não aconteceria. Ao contrário, se Aelin quisesse, poderia expandir mais ainda. Ela estava mais poderosa agora, mais do que um dia já fora. Mais do que imaginava que seria.

Ao contrário de anos atrás, agora estava tudo bem; ela e sua magia estavam bem. Aelin aceitara que era poderosa o bastante para derrubar reinos e impérios, aceitara que tinha não só uma deusa em sua linhagem, mas duas. Ou três... ela não sabia direito.

Só não aceitava ainda que ela era uma semideusa. A rainha de Terrasen já tinha ouvido esse termo vindo de seu tio, o rei Orlon. Semideuses eram bem raros, frutos de deuses com humanos, ou deuses com feéricos. Esse último era bem mais comum, pois além de terem filhos com outra raça, os deuses se apaixonavam. E com os humanos eles viveriam um sopro de vida e não a eternidade.

A ideia de Aelin ser uma dessas coisas era assustadora. A ideia de não ser deusa, nem feérica mas algo entre essas duas raças... quem Aelin era?

Um barulho a tirou de seus pensamentos. Ela se virou para trás, em direção ao quartel-general, pensou por um momento se devia checar o que era, ou se era pra ficar no mesmo lugar e fingir que não acontecera nada.

Aelin riu, como se ela fosse ficar parada. Desde criança a loira fora curiosa, desde que era conhecida como Celaena Sardothien ela não ficava quieta no mesmo lugar quando algo acontecia; hoje não seria diferente.

A rainha caminhou calmamente em direção ao quartel-general, olhando para o lado vez ou outra para ver se vinha alguém, mas ninguém estava a vista. A fêmea cuidadosamente abriu a porta do quartel e espiou lá dentro para ver se tinha alguém.

Ninguém. Barra limpa. Ela entrou e fechou a porta de madeira calmamente e se pôs a caminhar em direção a sala de reuniões do quartel. Dias antes Gaia lhe mostrara o quartel-general, para Aelin poder conhecer como era lá dentro.

Gaia era sua ancestral, sangue do seu sangue, mas... quanta burrice.

Aelin ainda era rainha de um país poderoso, um país que ainda estava se reconstruindo, mas se quisesse poderia atacar alguém.

Sala por sala, quarto por quarto Aelin passou e espionou para ver se tinha alguém. E ninguém estava por lá. Quando chegou a sala de reuniões, a porta que quase sempre ficava trancada a sete chaves quando nenhum dos membros da Fênix ia para lá, estava aberta. A loira tentou espiar pela pequena fresta entre a porta e a parede, mas não conseguiu enxergar nada. Ela, então, abriu a porta um pouquinho, tentando não fazer barulho, mas não foi isso o que aconteceu. A porta, aquela maldita porta rangeu tanto!

E o ser de asas que estava sentado na cadeira que normalmente era Gydeon que sentava, olhou para Aelin.

— Estava espiando?

Coração de Fogo - Um Romance de Trono de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora