Baji ----------
-Aí, Kazutora, você não vai mesmo? -Perguntei enquanto trancava minha sala e o via passar pelo corredor, ainda com o uniforme do trabalho.
-Sem chance, minha mãe tá pesando na minha. -Ele suspirou e estralou as costas enquanto limpava as mãos no avental.
-Porra, a festa de hoje vai ser foda pra caralho.
-Eu sei, mas não vai ter jeito. O irmão dela tá vindo pra cá e vão fazer um jantar... ah, vai ser uma porra, mas eu tenho que ir. -Ele guardou as mãos no bolso do avental e jogou a cabeça para trás, numa respirada profunda e cansada.
-Você tranca a clínica depois? -Perguntei ao ver que a área de banhos ainda estava com diversos itens bagunçados que precisavam ser organizados.
-Tranquilo.
Me despedi e saí em seguida, deixando a responsabilidade nas mãos dele. Tínhamos fundado juntos uma clínica veterinária depois que eu terminei a faculdade. Quase reprovei em todos os semestres, mas ele e o Chifuyu me deram todo o apoio (inclusive chegaram a fazer trabalhos e colas para as provas) e no fim eu consegui. Me arrastando, mas consegui.
Kazutora era o responsável pelo banho e tosa dos cães, enquanto Chifuyu cuidava da parte administrativa. Já estávamos abertos há um ano e meio e as coisas iam bem. Sempre que eu saía do trabalho eu olhava para a fachada e não podia deixar de me sentir orgulhoso. A gente realmente tinha conseguido!
Mas se tinha uma coisa que eu gostava mais do que nossa clínica, era do que rolaria naquela noite, então peguei meu carro e não demorei pra chegar em casa e encontrar Chifuyu jogado no sofá (ele sempre saía mais cedo que a gente).
-Não vai se arrumar não? -Perguntei ao ver que ele nem banho tinha tomado ainda.
-Daqui a pouco. -Ele respondeu pegando uma das batatas no saco de salgadinho e comendo. -Aí, o Kazu não vai, né?
-Não. Parece que vai vir aquele tio dele lá, aí a mãe dele quer fazer um jantar... aquele rolo que dá sempre.
-Tô ligado. -Ele se espreguiçou e jogou os pés pro alto, me fazendo passar e empurrar as pernas dele pra baixo. -Porra, Baji!
-Por que você sempre vem pra minha casa? A gente mora literalmente um do lado do outro.
-Sua televisão é maior, gosto dela.
-Tu é um merda mesmo. -Ri e bati a almofada com força no rosto dele, fazendo-o derrubar o saco de salgadinho enquanto se defendia com as mãos. -Vai regar as plantas do Kazutora, a samambaia dele tá quase morrendo.
-Tô indo, tô indo. -Ele se levantou dando risada e calçando os chinelos rapidamente. -Aí, mais tarde a gente se encontra pra ir.
-Tranquilo. -Joguei a almofada no outro sofá e esperei até que ele fechasse a porta.
Chifuyu saiu da minha casa e foi para o apartamento ao lado. Nós três morávamos um ao lado do outro e todos tínhamos a chave da casa de todo mundo. Fui tomar meu banho e me arrumar pra festa, já que não tinha mais nenhuma outra preocupação no dia.
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-A princesa já tá pronta? -Chifuyu perguntou aparecendo na porta do meu quarto.
-Só arrumar meu cabelo.
Ainda estava só com a toalha em volta da cintura e usava o secador pra finalizar o cabelo. Ainda tínhamos tempo, então dava pra me arrumar sem pressa.
-Duas horas então. -Ele revirou os olhos e se jogou na minha cama, se dando por vencido. Ri sozinho e continuei cuidando de mim. Ele que espere, não vou ir mal vestido só porque ele está com pressa.
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Devil's Daughter, Baji
Fanfiction[Fanfic] [Tokyo Revengers] [Baji Keisuke] [+18] Ele nunca se apegou a ninguém e nunca se importou muito com relacionamentos. Casos de uma ou duas noites, ou garotas que mantinham contato só pra matar a vontade eram suficientes. Mas seus amigos o av...