Bolos e coelhinhos

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[Nome] ----------

Baji não me perguntou nada sobre a noite em que eu simplesmente sumi do restaurante e eu apenas agradeci internamente por isso. Apesar de que mal tivemos tempo de nos falarmos, já que pela manhã eu levei meus documentos até meu novo emprego e no mesmo dia voltei para minha cidade no interior para pedir a demissão do antigo e organizar minhas coisas.

-O Kazu deixou mesmo, filha? -Minha mãe perguntou atenciosa ao me ver colocar minhas roupas na caixa de mudanças.

-Sim, mãe. Já te falei três vezes, e a senhora já ligou pra ele e ele te confirmou. -Suspirei e vi seu olhar sobre mim. Dei uma risada sozinha ao vê-la assim.

-Por um lado eu tô aliviada que você vai ficar na casa do seu primo, por outro lado eu tô aflita. Minha menininha tá saindo de casa.

-Vou estar pertinho da senhora. Só me ligar. -Fui até ela e deixei um beijinho em sua bochecha.

-Vê se atende esse telefone e para com essa mania de deixar ele desligado. -Mal sabia ela o motivo de desligar o telefone. Na verdade, acho que ela até sabia, mas preferia fazer a desentendida.

-Tudo bem. -Ri baixinho e voltei a colocar as roupas na caixa.

-Eu e seu pai vamos voltar pra Tóquio pra continuar nossas férias. A gente leva suas caixas.

-Vocês são uns amores! -Falei sorrindo por saber que eles tinham voltado comigo apenas para me ajudarem a levar as coisas para lá. Eu estava carregando apenas o essencial, não queria causar bagunça na casa do meu primo, então peguei apenas as minhas coisas e outros itens que eu sabia que ele não tinha.

Continuamos com o processo até que à noite meus pais voltaram para Tóquio com a minha caminhonete e deixaram o carro sedan deles para que eu pudesse usar. Logo em seguida eu dei partida até Yokohama, para o hotel onde fui presenteada com uma bela noite agradável.

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Coloquei um vestido branco de tecido leve e bem curto. Ele tinha uma gola alta e mangas longas e fofas nos ombros. O tecido translúcido revelava a parte fosca (também branca) por baixo e ele era fechado com uma porção de botões desde a saia até o pescoço na parte da frente. Deixei o cabelo semi preso e coloquei sandálias brancas. Estava um calor gostoso e eu senti que minha roupa era perfeita para a ocasião. Apenas um pouco de brilho e rímel nos olhos e um gloss avermelhado.

Poucos instantes depois recebi a mensagem, peguei a bolsa carteira branca e saí do hotel. Assim que abri a porta, me deparei com um belo Audi A6 me esperando. Parado em frente à porta do carro, Kisaki me aguardava. O cabelo loiro com as laterais raspadas estava bem penteado, ele usava uma calça cinza e elegante, uma camisa branca de tecido fino e botões pequenos, um relógio que de longe dava pra ver que tinha custado uma fortuna e os óculos retangulares como sempre.

-Você está belíssima! -Ele disse me cumprimentando com um beijo na mão. Ah, cavalheiro!

-Você também está muito lindo! -Elogiei sinceramente, mas não pude deixar de perceber que seu cheiro conseguia ser ainda melhor. Cheiro de perfume caro de homem rico. O puxei para um abraço discreto apenas para poder sentir um pouco melhor.

Ele deu a volta comigo e abriu a porta do carro para que eu entrasse, em seguida, entrou no banco do motorista e começou a dirigir.

-Gostou do hotel? -Ele perguntou me olhando de lado.

-Claro, e obrigada mais uma vez. Não precisava ter se preocupado com tanto.

-Claro que sim, eu que te convidei pra vir até Yokohama e prometi que te buscaria. Infelizmente fiquei até tarde no trabalho e não pude te buscar em casa, e não iria te deixar em qualquer lugar.

Devil's Daughter, BajiOnde histórias criam vida. Descubra agora