Brincos de ouro, corrente de prata

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[Nome] ----------

-O segurança vendo as câmeras de vigilância deve estar xingando horrores. -Falei enquanto Baji me empurrava contra a parede do elevador e me beijava.

-Aposto que ele tá tomando café agora e nem tá reparando, shhh. -Ele voltou a unir nossos lábios enquanto segurava minha cintura com força.

O apito das portas se abrindo soou e nós dois nos afastamos, ajeitando a roupa discretamente enquanto outras pessoas entravam. Seguimos o resto do trajeto em silêncio, dando apenas olhadelas discretas vez ou outra.

Chegamos no nosso andar e caminhamos pelo corredor. Sem demora ele passou o braço pela minha cintura e começou a me conduzir ao mesmo tempo em que fazia carinho.

-Quer jantar hoje? -Ele perguntou quando paramos na porta do apartamento de Kazu.

-Hoje não vai dar, mas amanhã a gente pode ficar juntinho. O que acha? -Falei torcendo o nariz e fazendo uma carinha fofa. Baji se inclinou pra frente e me deu um selinho longo.

-Tudo bem então. Até amanhã, gatinha.

-Até amanhã. -Abri a porta do apartamento e entrei enquanto Baji ia para a própria casa.

Apoiei as costas na madeira branca atrás de mim e suspirei sonhadora enquanto olhava para o teto. Kazutora estava no sofá com uma caneca de café na mão e me encarou com uma sobrancelha erguida.

-Tá toda sorridente... deu no carro?

-Podre! -Comecei a gargalhar com a suposição absurdamente engraçada, mas completamente possível. -Não, não é por isso. É só que...

-Baji? -Ele perguntou pendendo a cabeça para o lado e eu suspirei mais uma vez.

-Ele é... não sei explicar. Eu gosto da companhia do Baji e nosso ritmo é tão parecido. Eu sei que eu não tô gostando de verdade coisa profunda, mas as vezes eu penso que vale a pena tentar.

-Igual você tá tentando com outros quatro? -Kazu perguntou segurando o riso e eu mostrei o dedo do meio.

-São três no total! E um deles eu quase não tenho visto ultimamente. -Me lembrei que já fazia algum tempo que eu e ele não conversávamos. -Bom, eu tenho que resolver isso depois. Agora eu preciso sair.

-Vai sair com qual deles? -Kazutora perguntou e eu mostrei a língua. -Ah, o Wakasa.

-Peste!

Fui para o quarto e separei minha roupa. Ele tinha falado sobre andar de patins, então separei calças pretas de elástico, bem coladas, uma blusa de manga longa em um tom caramelo, mas curta o suficiente para deixar um pedaço da barriga à mostra. Calcei botas de bico redondo e deixei o cabelo todo solto.

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-Aí, cadê meus brincos? -Comecei a procurar pela bolsa enquanto avistava Wakasa se aproximando do carro. -Finalmente!

Coloquei rapidamente os acessórios de ouro e chequei a aparência uma última vez no espelho, ele colocou duas mochilas no banco traseiro, me deixando confusa com tudo aquilo, mas não questionei. Em seguida ele se sentou no banco do carona e fechou a porta.

-Oi, coisa linda! -Ele esticou o braço para mim e me puxou pelo pescoço devagar, me dando um beijo lento e gostoso. Eu sabia muito bem o que significava quando ele chegava beijando daquela forma. Wakasa estava dengoso!

-Que saudades de você! -Falei entre beijos e ele me encheu de selinhos.

-Eu também estava. -Ele sorriu e colocou meu cabelo para trás, levando os olhos até minhas orelhas. -Olha só, é o brinco que eu te dei de aniversário!

Devil's Daughter, BajiOnde histórias criam vida. Descubra agora