Devil's Daughter, Baji

A marca da diaba

[Nome] —————

Eu andava nas pontas dos pés, tentando de toda forma evitar acordar os vizinhos. Kazutora estava dormindo e eu tranquei a porta com cuidado, me certificando de que tinha deixado tudo certo.

Passei nas pontas dos pés pela porta de Baji e apertei os olhos, torcendo para que ele não acordasse. Eu estava ansiosa para o cruzeiro, mas quando olhei para o tapete de entrada com o gatinho senti uma vontade enorme de bater à porta e me deitar junto dele.

Desci com o elevador até sair do prédio e Kisaki já me esperava com seu Audi caríssimo.

— Parece até que estamos fugindo — ele disse me cumprimentando e deixando um beijo no meu rosto.

— Uma fuga no meio da madrugada? Isso tem cara de filme de época — evitei propositalmente a palavra "romance", não queria mais um problema daqueles na minha vida.

— Vamos, você pode dormir o quanto quiser, eu te acordo quando chegarmos lá.

E lá estava ele, sendo absurdamente cavalheiro e cheiroso.

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Devo confessar que não me lembro de muita coisa que ocorreu na viagem de carro. Em parte porque estava morrendo de sono e em parte porque não prestava tanta atenção assim, mas no momento em que entramos no navio, meu corpo inteiro despertou. O lugar era incrível!

O saguão principal era imenso, já podia ver as dezenas de lojas espalhadas (a maioria de grife ou marcas de luxo), as luzes douradas e brilhantes, o piso de mármore refletindo a iluminação, o lustre gigantesco feito de cristais, mas o que roubava toda a cena era a escadaria principal: uma escada completamente cravejada com cristais Swarosvki.

— Isso aqui é de outro nível! — Comentei sem conseguir conter o semblante de surpresa.

— Vamos até a nossa cabine — Kisaki comentou e me ofereceu a mão.

Ele empurrava o carrinho com as malas enquanto andávamos com os dedos entrelaçados. Só naquele momento eu me dei conta de que ele tinha separado apenas uma única cabine para nós dois. Safadinho!

Senti as famosas borboletinhas no estômago conforme andávamos pelo local. Ele ia me apontando todos os ambientes que conhecia: lounge, salão de festas, restaurante, cassino, salão de jogos, piscina, spa, sauna... eram tantos lugares que eu tinha certeza absoluta que não daríamos conta de conhecer todos.

Através dos corredores extravagantes com tapetes caríssimos e uma decoração milionária, finalmente chegamos na área das cabines, e pelo que eu pude notar, ele tinha separado a mais cara de todas.

Esse cara realmente tem muita grana.

— Chegamos — ele anunciou tirando um cartão da bolsa e passando na fechadura da porta, em seguida, abriu passagem para que eu entrasse primeiro.

Ok, quando Kisaki falou sobre nossa cabine e eu percebi que ela era da categoria mais cara do navio eu já esperava algo luxuoso, mas definitivamente não esperava tanto.

A cama facilmente comportava quatro pessoas de tão espaçosa, o carpete era fofo e claro, sem uma única marquinha. As paredes possuíam quadros belíssimos, e quase tudo era decorado com tons de branco, cinza, areia, azul e verde, passando uma sensação perfeita de oceano, praia, navio...

Havia também uma mesa para refeições com cadeiras transparentes e um vaso enorme com flores copo-de-leite para decoração. Os lustres eram delicados com pequenas peças de cristal, além das luzes de led que podiam ser acesas separadamente.

Na frente da cama, havia uma televisão, e logo ao lado... uma barra de pole dance. Engoli em seco quando vi aquilo, tentando controlar meus pensamentos mais obscenos.