→ Em seu último resgate, Jeon Jungkook conheceu seu ômega, um garoto quebrado e traumatizado.
Agora, compreendia o quê sua mãe queria dizer com as histórias de quando era pequeno; destinados e lúpus, aqueles que amam apenas uma vez.
Faria-o viver no...
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Quando o comboio liderado pelo carro do lúpus entrou em uma distância segura na estrada de terra, ele viu pelo retrovisor quando a instalação explodiu em chamas. Jeon sorriu orgulhoso, pisando fundo no pedal, acelerando o carro. No entanto, quando seus olhos miraram o retrovisor, notou o rosto choroso e assustado do ômega.
Uma preocupação nítida cresceu em seu peito.
ㅡ Ei, tudo bem aí atrás? ㅡ perguntou, vendo-o negar, fechar os olhinhos úmidos e vermelhos, e a encolher-se ainda mais em seu cobertor ㅡ quer conversar? Pode sentar na frente, se quiser ㅡ sugeriu. Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios quando viu o loirinho se interessar. Estabilizou o carro na estrada ainda de terra batida, sem diminuir a velocidade, para que ele pulasse para o banco da frente ao seu lado.
Viu quando o corpo pequeno e assustado passou entre os bancos com cuidado para não encostar em nada, e aconchegou-se no assento de couro, não esquecendo de pôr o cinto de segurança.
ㅡ Melhor?
ㅡ S-sim, obrigado ㅡ escutou a voz baixinha e embargada soar. Ainda bem que era um lúpus. Jungkook quis conversar, mas não sabia o que dizer. Ficou nervoso, provavelmente, pela primeira vez depois de anos.
ㅡ Pois então ㅡ iniciou incerto ㅡ quando chegarmos, faremos identidades e documentos novos para todos. Vocês poderão ir para onde quiserem viver suas novas vidas ㅡ contou, esperando acalmá-lo ㅡ ficará seguro
ㅡ N-não me s-sentirei se-seguro ㅡ sussurrou, voltando a chorar. Havia sido vendido como um objeto, alguém achava que seria dono de seu corpo. E muitos lhe tocaram sem a sua permissão enquanto estava preso.
Passou a encarar a paisagem noturna fora do veículo, que resumia-se em casinhas espalhadas vez ou outras, de luzes apagadas, árvores meio cheias, e muita grama alta. Sua mão direita segurava com firmeza na coleira em seu pescoço. Queria retirá-la, mas sabia do perigo em fazê-lo, pois era um ômega.
ㅡ Então, fique na minha casa ㅡ Jungkook soltou simples, chamando a atenção dos olhinhos chorosos com um ar de quê ㅡ tenho uma mansão privada onde vivo, além da pública que todos conhecem ㅡ explicou ㅡ pode escolher um quarto e morar comigo
ㅡ P-posso?
ㅡ Claro ㅡ sorriu grande agora, sem pensar em esconder ㅡ qual seu nome?
ㅡ Park Jimin, senhor
ㅡ Ei ㅡ deu uma risadinha ㅡ sem o senhor, afinal, vamos ser amigos, certo? ㅡ esperou vê-lo assentir para terminar ㅡ e meu nome é Jeon Jungkook
ㅡ Kook? ㅡ saiu mais alto do que deveria. Seus olhos se arregalaram assustados, antes de baixar a cabeça envergonhado.
ㅡ Kook tá ótimo, Ji ㅡ viu-o sorrir timidamente, e mais calmo, com o apelido.
