Cap 22 - Pela segunda vez a bruxa foge

48 6 3
                                    

É a primeira vez que eu escrevo aqui. E estou meio com medo se a historia está boa... Então, comentários e críticas são bem vindos sobre isso ^.^
*******
O alazão caminhava ás margens do riacho fazia algum tempo, acompanhado de uma linda menina de cabelos prateados e um cavaleiro desacordado em seu dorso.


O dia havia passado devagar e o riacho diminuía sua extensão conforme eles avançaram. Ann tentou imaginar o mapa que havia visto em uma das poucas aulas que pode ver quando era pequena, mas não parecia que o que ela via se encaixava nos desenhos de tinta nanquim de anos atrás.


As costas de Lee subiam e desciam levemente. Ele ardia em febre e sua perna havia parado de sangrar, mas Ann suspeitava que havia agora uma infecção no lugar. Ela se permitiu não olhar para ele muito tempo, pois o desespero tomaria conta de novo. Por hora, o necessário era achar algum lugar seguro.


A cada mísero sussurrar de folhas, galhos ou vento, os olhos escarlate começaram a procurar freneticamente por soldados armados até os dentes.


Prontos para capturar a aberração.


Foi em algum ponto desses devaneios que ela notou o quanto estava cansada. O quanto seus pés doiam, os braços cansados e frios e o golpe que levara na cintura estava inchado e roxo. A neve havia começado a derreter, mas provavelmente ainda tinha alguns montinhos de gelo que ela poderia usar para aliviar a dor e...


-Porque não tem neve por aqui? - parecia um fato tão oobvio que Ann se sentiu estupida de não ter notado.


Pingo levantou o pescoço para o alto e eriçou as orelhas, como se compreendesse a suspeita da menina.


Lee soltou um gemido de dor e Ann pegou o pano que usara antes e o molhou no riacho, que agora não passava de uma pequena linha d'agua no meio das pedras.


Com cuidado, um braço segurou seu peito para frente, o levantando da cela de Pingo. O outro passou o pano gelado em seu rosto e pescoço. Ele ardia de tão quente.


- Nós temos que arrumar um lugar rápido. Ele vai morrer desse jei-


Um galho quebrou.


Pingo ergueu as orelhas em alerta. O pânico se instalou na menina de novo quando outro graveto quebrou. Dessa vez mais perto. Ann chegou perto do seu ouvido.


- Segure firme Lee...


De onde vinha? Esquerda? Direita? Seus ouvidos agora ouviam seu próprio coração descompassado.


Folhas foram pisadas.


Outro galho se quebrou.


Direita.


Como se prevesse o que Ann fosse fazer, o alazão bateu as patas no chão. Ao mesmo tempo, os dois dispararam para a esquerda com toda a forca que tinham. Pingo disparou na frente um segundo depois, com o garoto ainda em cima dele.


O ar ficou mais quente apesar do frio e Ann escutava seus passos e os que vinham atrás.


Em direção a eles.


Ela acelerou ainda mais. O Alazão á sua frente relinchou e os dois pisaram em algo mais duro. Terra dura.


-Uma estrada?


Os barulhos pararam e eles continuaram a correr e galopar pela estrada.


E antes que elá pudesse assimilar aonde estava, algo a agarrou pelo pé.


O ar foi puxado de seus pulmões e ela caiu no chão, sendo arrastada. Ann se virou para tentar tirar o trançado de couro do chicote de seu pé direito.


Pingo ergueu-se em duas patas e jogou Lee na terra, arfando.


Algo ergueu Ann do chão com forca e ela sentiu o gosto amargo do medo na garganta com mais força. Ela se debatia freneticamente e fechou os olhos com força.


Foi quando outra mão a segurou e pressionou forte um ponto abaixo de seu pescoço. A cabeca começou a doer.


Ela abriu os olhos antes de desmaiar e viu seus agressores. Eles se arregalaram com o que estava a sua frente.


Não eram soldados... Ela não sabia dizer nem se eram humanos.


Então tudo ficou escuro.

Red EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora