Cap 27- Quando a mascara cai, part 2

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Peço desculpas de novo pela demora, mas e que o lugar que escrevo antes de colocar no wattpad travou e eu perdi tudo que tinha escrito... Entao demorou um pouco (muito) para escrever de novo e fazer os trabalhos de férias
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Instantaneamente Lee acordou e começou a gritar. Ele agarrou o pulso de Ann com força enquanto se contorcia de dor. A menina, atônita, largou o pote na mesma hora.

- O que está acontecendo?!

- Ops... - A bruxa morena se sentou confortavelmente e sorriu para Ann... Um sorriso sorrateiro e maldoso. - Eu acho que esqueci de mencionar que antes de usar as violetas, você tem que tirar o veneno delas...

Ann olhou para ela incrédula.

- Você tem... - Tamisa olhou para cima, pensando, e se voltou para a outra bruxa - dez segundos até que o veneno entre na corrente sanguínea e queime o coração. Mostre o que sabe fazer, filha de Seraphine.

Os olhos vermelhos da moça se arregalaram e antes que ela pudesse ao menos xingar a louca ao seu lado, Lee começou a chorar e a apertar ainda mais forte seu pulso.

"O que eu faço?! O que eu faço?!"

Ela olhou para ele novamente. Seus ouvidos escutaram a respiração dos dois e a adrenalina invadiu seu coração, batendo descompassado.

Sete segundos.

"Se concentra. Se concentra. Ah meu Deus!"

Foi quando ela ouviu de novo. Um som muito baixo e fino... De criancas talvez?

- Queimando, queimandooo... Queimando... Estamos queimando voceee....

Lee agora gritava mais alto. As vozezinhas também.

Quatro segundos.

Ela olhou para o ferimento de novo... E as vozes vinham de lá. Um calor se aqueceu em sua garganta junto com o choro.

- Parem...

Dois segundos.

- Queimando, Queimando.... Estamos te Queimando!

- Parem de cantar! Agora!

E o barulho cessou.

Lee ofegou e afrouxou seu pulso. Ele suava frio, mas parara de gritar.

As bolhas de queimaduras no ferimento estouraram e sumiram. Em seu lugar estava uma pequena mancha vermelha inchada. Nada de buraco.

- Você conseguiu! - Tamisa batia palmas para ela enquanto Ann a olhava com raiva.

- Você tem ideia do que fez?! Ele podia ter morrido!

- O que pouco me interessa, bonitinha - ela sorriu para a menina de modo travesso - eu queria ver do que você é capaz... E é óbvio que não ia usar um dos meus para o teste.

Ann sentiu medo. Eles tinham que sair dali e...

- Se quiser ir embora, tudo bem. Mas eu quero que saiba que não vão durar um dia sem a proteção dos drogbas e a minha e... - Ela agarrou a mão suja de pasta de Ann e a menina tentou tirar. A palma da mão pálida dela ferveu e depois a bruxa a soltou. Havia uma mandala vermelha nela - Agora que você passou no teste, pode viajar com a gente, florzinha. Considere-se da família.

Ann tentou balbuciar várias palavras, mas as únicas que saíram foram cuspidas e incrédulas.

- Você e louca?!

- Eu prefiro estrategista... Você tem um coração muito doce. Até mole demais, eu diria... Seria essencial para nossa família, mas se dependesse de feitiços para usar seus poderes, seria inútil, pois não posso te ensinar. - ela sorriu e se levantou - mas que bom que você é intuitiva. Pode ficar o tempo que quiser conosco. Descanse com seu namorado que amanhã vamos para o Sul.

Ela deu um pequeno aceno e saiu da cabana.

Ann teria ficado ali, parada, pensando em como fugir em segurança. Mas Lee abriu os olhos e sussurrou seu nome.

- Certo... Você precisa melhorar primeiro para sairmos daqui.
Ele estava quente, de forma que ela passou outro pano molhado em seu rosto.
- Água... - Sua voz saiu fraca.
Ann se levantou e encheu um copinho de barro de água de um odre em cima de uma das caixas onde Tamisa tinha tirado os potinhos com violetas. Ela cheirou três vezes e provou primeiro para ver se era só água mesmo.
Seus braços o seguraram para que ele se levantasse, porém ela ainda mantinha o braço esquerdo ao seu redor, com medo de ele cair.
- Beba devagar! - mas não adiantou muita coisa, pois ele bebeu tudo tão rápido que no final da frase o copo estava vazio.
- Obrigado... Senhorita. - ele esboçou um sorriso a ela. Seus olhos negros e puxados divagavam, se esforçando para ficarem abertos. - ond estamos?
- Depois falamos sobre isso. Você precisa descansar agora. Temos que ir embo- e ele tombou contra ela. Sua cabeça se aninhou em seu pescoço e ele fechou os olhos. Sua respiração continuava pesada.
Ann sentiu suas bochechas arderem um pouco.
"Sim Ann... Porque vocês fugiram juntos, você tirou uma flecha dele, o segurou um monte de vezes... E agora você cora..."
Ela suspirou.
- ...Eu sou uma anta...
- Não... Cheiro...
- O que?
- Você cheira igual a... Eu não sei... - ele estendeu a mão até uma de suas mechas prateadas e a rodou desengoncadamente entre os dedos enquanto tentava se manter acordado - ... A Camélias, eu acho. Não a uma anta.
Os dois riram.
-Acalma as pessoas... Embora seja muito sutil. Na verdade, tudo em você é sutil, Ann Haregora.
- Obrigada... Eu acho. Mas você precisa descansar. Eu tenho certeza que você está delirando já.
Ele sorriu triste e ela o vez deitar de novo. Mas ele novamente pegou uma de suas mechas. Seus olhos se encontraram enquanto ela tentava tirar seus dedos de seu cabelo.
- Quando te vi... Na festa... Achei que teria cheiro de cidreira...
-Porque achou isso?
-Sua mãe cheira a cidreira.
- Oh. - ele piscou pesadamente e ela suspirou de novo. - Então depois que você descansar e a gente fugir daqui, eu quero saber como você sabe desta informação.
Ela sorriu de modo gentil e colocou o cobertor sobre ele. Ele tentou falar mais alguma coisa, mas adormeceu

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