Chapter XXIII: You're mine. Say it.

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Pessoinhas, eu me esforcei muito para tentar uma atualização dupla, mas não consegui por querer postar antes do Natal. Irei me policiar para trazer a continuação o mais rápido possível, podem me cobrar!

Eu sei que os comentários costumam desaparecer/diminuir bastante em cenas de sexo ㅡ vou fingir que não sei o motivo ㅡ, mas peço que vocês sejam atenciosos e não sumam no último ato deste capítulo, ok? Lembrando que, embora eu me considere um fiasco escrevendo coisas do tipo, essa é uma etapa muito importante para AMBOS.

*Breve descrição de uma cena de automutilação (um parágrafo). Pule se for sensível ao conteúdo.

Se acomodem em seus lugares e vamos lá!
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✻ ═════ •❅• ═════ ✼
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❝Não havia horizonte, nuvem ou som. Daquele silêncio espalhado até eu me tornei parte de você.❞

ೃ༄

「Ano de 2031」

Era verão e todas as crianças desfrutavam das férias escolares.

Todas elas menos Harry.

Os olhos verdes se mantinham atentos e curiosos através das janelas, observando-as correndo e pulando de um lado para o outro. Parecia legal brincar assim, sem restrições.

Mas talvez fosse por um bom motivo, ao menos ele preferia pensar assim.

Ficar em casa não era de todo ruim, não mesmo. Com Anne no trabalho e Robin limpando o porão, camuflar o caos que acontecia no andar inferior não era difícil. E embora Gemma estivesse farta de ouvir sobre suas responsabilidades como alfa e irmã mais velha, ela sempre fora uma parceira fiel nas travessuras, o instigando a se divertir o pouco que fosse.

Ela era incrível.

A energia retida era mais que suficiente para fazer o ômega correr sem parar por horas ㅡ nada de respiração pesada gotículas de suor ㅡ, desviando de móveis e objetos distribuídos pela casa. A primogênita, no entanto, não possuía a mesma agilidade, colidindo contra a mesa e derrubando o vaso de plantas no chão ao tentar realizar uma curva fechada.

Styles se ajoelhou próximo a ela, olhos chorosos ao ver as flores espalhadas pelo assoalho de madeira. Frésias vermelhas e brancas.

Fungando, ele se atentou ao corte superficial no topo do pé de sua irmã.

Gemma entendia a gravidade daquilo. O caçula era um ômega, e ômegas não reagim bem a sangue. Ela o fitou receosa, absorvendo a face hipnotizada como o primeiro sinal de que algo não estava bem.

Mas tudo o que Harry fez foi recolher o filete de sangue com o polegar e levá-lo até a boca. A alfa engoliu em seco, paralisada diante a uma cena que jamais cogitara presenciar em toda sua vida.

─ Você quer que eu lamba para sarar?

─ Lamber meu sangue? N-Não! Isso seria...seria... ─ A garota de desvencilhou aturdida, cambaleando para trás. ─ Eu vou chamar o Robin, ok? Não se mexa!

Gemma correu escada abaixo sem olhar para trás. Trêmulo, o híbrido alcançou um dos pedaços de vidro, fincando-o gentilmente em pele em um misto de curiosidade e confusão. Ele não sabia o motivo da lesão auto inflingida; não entendia o porquê não conseguia parar de cortar finas camadas continuamente, quase como se não fosse capaz de controlar as próprias ações.

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