Chapter XII: Warnings from sleep

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A glândula aromática é onde emana uma maior quantidade do cheiro do alfa/ômega e se localizava no pescoço. Também é um ponto extremamente sensível para o ômega, visto que se tocado de forma bruta pode significar uma intimidação (sinal de submissão em relação a classe oposta) e, em alguns casos, causar muita dor.

(Se o Harry errou foi tentando acertar!)

Boa leitura. xx
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❝Tal como um pesadelo, a noite acabou.❞

ೃ༄

Harry está correndo.

Ele não sabe o por quê, mas não consegue parar.

─ Harry?

O ômega afasta as lágrimas com as mãos pequeninas. Há neve por todos os lados e o vento forte é impeodoso ao atingir suas bochechas infantis, deixando-as coradas e doloridas.

Ele não quer olhar para trás. Deseja, acima de tudo, acordar desse pesadelo terrível.

─ Harry?

O tecido de lã cobrindo seu corpo não parece tão mais quente e seus pêlos se enrijecem. As copas das árvores impedem sua visão e o ambiente hostil traz a sensação de estar perdido.

Ele está perdido. Tão perdido que seus lábios tremem, antecipando um choro alto e copioso.

─ Harry?

Os arbustos se movem e o garoto se cala quando um animal de pelagem marrom surge sobre quatro patas. A fumaça que deixa sua boca é tão pesada que ele não tem certeza se irá sobreviver.

Ursos são excelentes predadores.

─ Harry? ─ A voz tranquila de Louis ressoou em seus ouvidos. As digitais percorreriam o tecido fino da camiseta lentamente, fazendo o híbrido se remexer sonolento. ─ Harry?

─ Hm? ─ Respondeu abafado, a entonação ainda mais grave devido à garganta seca.

─ Você está acordado?

─ Estou. ─ Virou-se sem pressa, admirando a face cansada do alfa. Os fios estavam bagunçados e os olhos bem abertos. ─ Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

─ Podemos nos beijar agora?

O relógio marcava cinco da manhã. Três horas atrás, seus lábios se tocaram pela primeira vez.

E pela segunda também.

Louis gostou de beijá-lo. Gostou tanto que a ansiedade de ter a boca desenhada e vermelha contra a sua não permitiu que desfrutasse de uma boa noite de sono.

Ele queria o terceiro beijo.

─ Me acordou somente para-

─ Sim, eu quero outro beijo seu. ─ Disse despreocupado, escutando a risada curta e genuína de Harry. ─ Esse é diferente porque estamos em casa.

Styles aceitou, tentando se convencer de que a justificativa seria a calmaria que o gesto lhe proporcionaria. Embora o pesadelo não tivesse causado um despertar turbulento, ele sentia uma fina camada de suor trilhando seu pescoço e um pesar muito grande do lado esquerdo do peito.

Compartilhar um beijo com o alfa lhe traria conforto. E arrepios. Arrepios esquisitos e prazerosos que o ômega não sabia como expressar.

Louis, no primeiro momento, o trouxe para perto, traçando o osso da mandíbula com a ponta do nariz. Ele sempre fazia esse movimento e Harry levou um tempo para compreender o que ele tanto desejava.

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