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Gulf

As dores aumentam a cada segundo.

-Gulf. -Mew aparece.

-Boo.... -Falo com voz chorosa.

-O senhor só pode ficar aqui por quinze minutos. -A enfermeira avisa.

-Ok.... o que aconteceu? -Mew pergunta segurando meu rosto.

-Foi o Kai... ele apareceu quando eu saí de casa.. ele me levou para um prédio e ficou fazendo graça e eu acabei matando ele. -Explico.

-Voce... matou ele? -Mew pergunta.

-Sim... desculpa ter saído e... -Mew me abraça.

-Nao pede desculpas eu só quero ver você e os gêmeos bem nada mais e aquele cara mereceu espero mesmo que ele tenha morrido e não se sinta mal por isso. -Mew fala me deixando com menos remorso.

-Eu achei que ia brigar comigo. -Falo fungando.

-Nao vou fazer o momento não é para isso e eu nem vejo o porque brigar por isso. -Relaxo meu corpo.

Minhas dores diminuem um pouco.

-Ok... eu enfiei um ferro na barriga dele. -Falo e Mew me olha chocado.

-Serio? como? -Ele pergunta.

-Nao sei acho que o medo foi maior. -Tento explicar.

-Entedo você fez bem ele já estava enchendo o meu saco faz tempo... está sentido dores? -Mew pergunta.

-Um pouco aqui. -Coloco a mão do lado da barriga.

-Ja já você vai estar bem. -Mew beija minha bochecha.

-Os gêmeos podem nascer antes do tempo. -Falo.

-Eles são fortes igual você e tenho certeza que vão sair daqui fortes e saudáveis. -Mew beija minha bochecha.

-Tambem espero isso. -Seguro a mão dele e sinto as dores aumentarem.

Mew deita do meu lado e me abraça, ele canta baixinho fazendo carinho na minha barriga.

-Senhor o tempo acabou. -A enfermeira avisa.

-Ele não pode ficar aqui? -Pergunto.

-Infelizmente não. -Ela fala.

-Tudo bem Honey vou está aqui quando voltar. -Ele me beija e sai.

Eles começam a se movimentar dentro do quarto e me dão tipo um sedativo e eu fico meio mole. Eles me levam para uma sala que parece ser de cirugia.

-Vamos começar agora tá? -O médico me avisa.

-Ta. -Respondo lento e baixo.

Não sei o que eles estão fazendo só ouço eles andando e mechendo em coisas que fazem barulho, meus olhos pesam mas não consigo fechar meu medo de acordar sem meus bebês é grande. Uma enfermeira fica do meu lado e fala quando eles começam a fazer a cirurgia.

-Esta sentido alguma coisa? -Ela pergunta.

-Nao. -Respondo fraco. -So sinto uma pressão.

-É normal. -Ela sorri fraco.

A pressão fica maior a cada momento até o médico aparecer do meu lado com um bebê nas mãos, é tão pequeninho e frágil.

-Meu... -Falo quase dormindo/desmaiando.

-Ele está bem... é um menino forte. -Ele vira um pouco.

Ele não chora mas meche as mãozinhas. Ele traz o outro bebê que se meche mais, Yuki e Nara, foram os nomes que escolhemos para eles.

-Os dois estão bem pode ficar tranquilo. -O médico fala.

Concordo com a cabeça e fecho os olhos.

Do lado de fora - Mew

Estou nervoso com o que pode acontecer com o Gulf e com os gêmeos, não vejo minha vida sem eles, quero que os três fiquem bem.

-Mew... pode vir aqui? -O médico me chama.

-O Gulf está bem? os gêmeos? -Pergunto indo atrás dele.

-Gulf vai ficar bem e os gêmeos... estão aqui. -Ele mostra uma sala com incubadoras.

-Onde? -Pergunto.

-Os dois que estão ali no meio. -Ele mostra.

-Sao tão pequenos. -Falo olhando para eles.

-Eles são prematuros por isso são menores e vão precisar ficar aqui no hospital até ter um peso normal de um bebê e também estarem bem em questão da saúde. -O médico explica.

-Eu posso ficar perto deles? -Pergunto.

-Claro só se veste com essas roupas para poder entrar. -Ele pega as roupas.

-Ok. -Coloco a roupa e entro.

Vou até eles que estão com um aparelho que os ajuda a respirar.

-Oi meus amores. -Falo com os olhos cheios de lágrimas. -Papai está feliz em conhecer vocês... mesmo em um momento difícil para vocês dois.

Coloco minha mão dentro a incubadora e pego na mãozinha da Nara que dá um leve aperto, saber que ambos podem se mecher e estão bem sem nenhum risco me deixa tão aliviado. Faço um leve carinho no Yuki que começa chorar.

-É normal eles não estão acostumados com toques. -A enfermeira fala.

O choro é meio baixo e sem potência isso me deixa com dor no coração.

-Eles vão ficar bem né? -Pergunto.

-Claro... eles são os mais saudáveis aqui... olha que seu parceiro é um homem diferente do outros bebês aqui que vieram de mulheres... já vi muitos bebês vindos de homens que morreram mas os seus filhos são um milagre. -A enfermeira fala.

-Me sinto aliviado... pena que os outros morreram. -Falo.

-Sim muito ruim... mas pode ficar tranquilo. -Ela coloca a mão no meu ombro.

Dou um leve sorriso e olho de novo para eles.

-Papai ama muito vocês dois... muito. -Falo antes de sair.

Tiro a roupa que eu vesti para entrar lá e vou para o quarto do Gulf.

-Te amo. -Falo baixo perto do ouvido dele.

-Boo...? -Ele abre os olhos.

-Oi Honey. -Respondo.

-Boo meus filhos estão bem? -Gulf pergunta.

-Estao meu amor estão. -Respondo.

Gulf sorri e uma lágrima solitária desce.

-Nao precisa chorar eu estou aqui. -Me aproximo mais dele.

-Obrigado... te amo Boo. -Ele fala com uma voz chorosa.

-Eu também te amo Honey. -Sorrio.

Casamento arranjadoOnde histórias criam vida. Descubra agora