Princesa?

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— Com licença, Senhorita. Luthor!

A chefe disse por fim com um sorriso estúpido, antes de agarrá-la e jogá-la como um saco de batatas por cima do ombro direito. Os cabelos negros voaram, cobrindo o rosto e mãos continuaram literalmente imobilizadas abaixo do corpo da menor, enquanto a chefe dava a volta por sua cintura com o braço direito.

Lena respirou fundo três vezes, ela havia se perdido na personagem inocente e burra por conta da cretina e agora que estava em seu colo, prestes a entrar em um lugar não identificado com pessoas desconhecidas que poderiam fazer coisas inimagináveis com ela, seria a hora de tentar ser boazinha.

Uma boa Luthor, soa irônico.

Um, dois, três, quatro, cinco e Lena perdeu a paciência, ela decorava os pequenos detalhes, mas contar os degraus da escadaria não a ajudariam nesse momento, até porque ela não conseguiria fugir pela porta da frente.

— Seja bem-vinda a sua nova casa, por tempo indeterminado.— a chefe disse saudosa, depois de passar pelos portões principais.

Lena mordeu a língua, a vontade de retrucar escorrendo de volta para sua garganta como um veneno e como diabos ela conseguiria ver algo de ponta cabeça?!

A chefe continuou andando pela longa extensão da entrada, até a enorme escadaria única no centro da sala, parando por um segundo. Lena aproveitou o momento de distração e ergueu os pés o mais alto que pode e as mãos da chefe logo tocaram as pernas de Lena, achando ser um desequilíbrio, o impacto de erguer as pernas, mas a força extra das próprias mãos da chefe provocaram um grande impacto bem no meio de suas pernas, um chute, um forte e dolorido chute na seu membro causado por uma criatura pequena e delicada, mas que é o próprio diabo.

Lena sentiu a mão apertar sua cintura com força como respostas instintiva ao ataque baixo e outra mão que estava em suas pernas a seguraram forte, causando um atrito no tecido que aumentou o corte improvisado, o rasgando ainda mais, exibindo uma bela visão das nádegas da Luthor.

O grito da chefe foi alto o suficiente para os ouvidos de Lena doerem e logo a mansão ser surpreendida por pessoas que olharam assustadas pelo grito e preocupadas com a chefe, questionando se estava tudo bem e indo embora quando a chefe afirmou que sim, como se fosse a coisa mais normal, uma completa estranha ser carregada a força para uma local desconhecido.

Quatro pessoas restavam ali, duas dela Lena reconhecia, eram seus sequestradores e uma delas tinha longos cabelos castanhos, mas era impossível ver seu rosto dessa ângulo, assim como o rosto do outro ser.

— Bem que esse vestido poderia subir mais... — e Lena acabou de desejar que esse ser desconhecido morresse.

A chefe virou abruptamente, vendo sua vice estapear um de seus amigos, segurando a cintura de Lena com a mão direita, ela levou a esquerda até a bunda de Lena onde forçou o tecido a descer mais um pouco e cobriu com a mão a parte que era insuficiente.

— Não é assim que tratamos as nossas visitas. — a chefe afirmou seca, dando as costas e subindo as escadas.

Lena observou em silêncio, ela poderia ter retrucado e ela iria, mas ela simplesmente ficou calada e quando achou que fosse obter respostas foi depositada delicadamente no chão de um quarto.

— Este é o seu quarto, espero que atenda as suas expectativas, Senhorita. Luthor — a chefe disse em seu tom irritante.

— Você vai tirá-las? doem... — Lena disse em um tom diabético, mostrando os pulsos, onde seus braços estavam dormentes.

— Doem? — a chefe perguntou sarcástica, depois de quase ser assassinada pelas próprias mãos daquela criaturinha, ela disse que as suas algemas doíam???

— Por favor. — Lena disse meiga — Você vai me deixar doer? — ela disse em um tom afetadamente dramático.

A chefe pegou a chave assim que escutou o tom quebrado sair dos lábios da mais nova, ela poderia estar cometendo um crime, mas ainda tinha honra. Quando a chefe libertou as mãos delicadas, elas logo subiram em uma carícia pelo seu corpo.

— O-o que está fazendo? — a chefe perguntou confusa.

— Tocando você. — Lena disse como se fosse óbvio.

— Porquê? — a chefe perguntou exasperada.

— Você é forte... — Lena disse mudando de assunto — me trouxe no colo desde o primeiro degrau até o quarto, eu imagino como seria se me levasse até a cama... — Lena sussurrou, adotando outra postura de emergência.

— Pare. — a chefe segurou o pulso de Lena, antes de chegar ao seu rosto e Lena bufou, liberta por uma algema e presa por outra.

— Me solta. — Lena rosnou sentindo a Andorinha se prender dentro de si e dar lugar ao seu verdadeiro eu.

— Não me toque assim, você não precisa e não é obrigada. — a chefe respondeu firme, como se não tivesse sequestrada Lena e a forçado a deixar o lado descartável dela fluir sobre os dedos como rota de fuga.

— Quem é você? — Lena perguntou irritada pelas palavras hipócritas — quem é rosto por trás da máscara?

— Não lembra-se de mim... princesa? — a chefe perguntou, enquanto tirava a máscara lentamente.

Algo dentro de Lena clicou com o tom de voz misturado ao apelido e ela entrou em frenesi atemporal. Os cabelos dourados caíram como cascata pelo rosto visivelmente machucado, ainda era o mesmo maldito sorriso torto de sete anos de idade, aquele maldito rosto com os olhos azuis chamuscando em fogo neon.

Princesa...

o sotaque, o apelido e o rosto. Lena foi sequestrada pela porra da concorrente a presidente dos Estados Unidos.

A MALDITA KARA DANVERS.

A Primeira DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora