Queridinhas Da América.

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Depois da confirmação oficial sobre um relacionamento amoroso entre as duas opostas políticas ao vivo, as coisas obviamente mudaram.

Kara estava com a agenda completa de compromissos, programas de televisão, entrevistas, jantares e sua porta não parava um minuto sequer fechada, presentes chegavam a todo o momento desde pessoas anônimas e comunidades que apoiava o relacionamento lgbtqi+ a empresas que queriam se beneficiar com o engajamento.

Lena a estava evitando furtivamente, exceto quando a acompanhava em um desses eventos e fingiam ser o casal mais adorado da América. Era engraçado como elas vendiam a imagem de comercial de margarina enquanto estavam em frente aos holofotes, mas quando atravessavam os portões da mansão quase matavam-se, especificamente Lena quando era irritada por uma Kara com discursos ensaiados e expressões apaixonadas que acabavam quase sempre com um salto alto jogado em sua direção.

Lena não estava nesta situação a força, na verdade era muito divertido provocar Kara e ainda mais prazeroso imaginar os efeitos que isso causava em sua família, ela faria de tudo para ver o rosto de Lex quando soubesse quem hipoteticamente era sua cunhada, isso tornava o esforço de ter que lidar com a cretina muito mais encorajador para se aturar.

Claro, era cansativo e as vezes assustador ter que lidar com as câmeras e perguntas a todo o momento, elas estavam acostumadas com a fama, porém as últimas semanas estavam sendo absurdas.

Kara tinha que lidar com o triplo de responsabilidades que normalmente estava acostumada e consequentemente se tornaria maior se ela ganhasse a presidência, então ela deu de ombros e julgou ser uma experiência para a possível possibilidade, mas ainda havia algo que a incomodava com relação a tanta notoriedade... Alex, com o apoio da população e de pessoas "importantes" - entre aspas, porque Kara acredita que todos sejam importantes - ela temia que algo acontecesse com sua irmã, claro que a campanha exigia muito de sua atenção e ela quase não tinha notícias de Alex, não da forma que almejava, escutando a sua própria voz afirmar que estava bem, mas Lena sempre a garantia de que tudo estava ocorrendo bem e que ela parasse de agir como uma criança hiperativa e quando isso obviamente não funcionava, ela recebia uma foto da sua irmã com um sorriso cansado e um brilho no olhar que a fazia se manter firme.

Oprah, Ellen, Jimmy e até a Rihanna a chamaram para conversar.

O New York Times estampou uma manchete com os rostos da aposta a futura presidente e primeira dama dos estados unidos, o mundo as amavam e pode-se dizer que elas eram a significado de esperança e progresso que o país e o mundo idealizavam. Um avanço para a humanidade e futuro, um casal homoafetivo e uma vice presidente transgênero? elas ficariam marcadas na história.

Mesmo que ninguém saiba o que acontece por trás do palco.

Era incrível como as coisas realmente poderiam mudar dá noite para o dia, por mais que certas coisas permanecessem as mesmas e algo em si insistisse que deveria ser assim, é claro que ela mudaria outras coisas ao longo da campanha... a situação de sua irmã seria uma delas, mas ainda parecia certo, ter Lena próximo parecia tão certo.

Kara estava acompanhando as notícias quando passou os olhos sob uma manchete colorida e chamativa e seus olhos arregalaram-se quando ela viu do que se tratava, Lena não poderia perder essa oportunidade.

Kara desligou o tablet e ligou para Winn enquanto entrava no closet, trocando de roupa em uma velocidade que a fazia tropeçar nos próprios pés e quando terminou jogou celular na cama e correu até o quarto em frente ao seu batendo na porta deliberadamente.

— Nós vamos sair, vista-se! — Kara disse eufórica, analisando o vestido de Lena.

— Primeiro eu estou vestida, segundo não bata na porta assim! — Lena afirmou em um sermão — e terceiro eu não vou a lugar nenhum.

A Primeira DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora