Idéias Geniais

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Os pingos de chuva ainda caiam freneticamente do lado de fora quando a figura loira entrou como um Golden Retrivier molhado na mansão, saltitante e feliz.

Kara subiu as escadas pulando os degraus como uma das doze bailarinas, sem se importar em deixar o chão ensopado e isso foi comprovado quando ela chegou ao último piso sacodindo-se como um cachorro pós banho e correndo em direção ao quarto para se secar.

Ela abriu a porta e se atrapalhou no meio do caminho entre o quarto e o banheiro, equilibrando-se em um pé só, porque o outro estava pendurado enquanto ela tentava tirar a meia preta e o sapato social que mais parecia uma canoa alagada de água; maldita escolha de colocar os sapatos outra vez, antes de ir ver Lena. E quando ela finalmente jogou o pequeno barco móvel com meias para um lugar afastado do piso de madeira escura, ela se desfez dos botões da camisa social com puxões impacientes ao mesmo tempo em que tentava tirar o resto da roupa e corria para o box.

O banho foi rápido e ajustado em jatos de água quente para evitar qualquer resfriado que viesse a atrapalhar sua nova vida conturbada, não que antes não fosse, mas agora ela tinha muito mais obrigações.

Kara pulou em um pé só enquanto secava-se com uma toalha branca felpuda e sorria, e até mesmo ria desacreditada e presunçosa de lado; pela ebulição de emoções estranhamente boas. Ela enxugou o corpo e logo começou a vestir um das suas peças íntimas pretas com uma camisa branca social que ganhou de Brainy, diga-se de passagem duas vezes o seu tamanho que já não é pequeno e um shorts de dormir de algodão.

Ela não se importou com a bagunça molhada que se instalava pela casa de quartos a escada e estava realmente molhado, alguém poderia cair! bem... ela não ligou muito para isso quando desceu em seus pulos saltitantes pelos degraus, ela não estava raciocinando muito corretamente desde um tempo atrás, especificamente o jardim e ela negou com a cabeça enquanto se lembrava disso, olhando sorrateiramente para a porta fechada do quarto em frente ao seu ao mesmo tempo que franzia o cenho, escutando maldições vindas do quarto.

Kara teve uma idéia supimpa enquanto mexia nos armários procurando por pratos e colheres, apesar de saber e preferir lidar com garfos e facas, ela preferia não deixar Lena lidar com eles, especialmente depois de... tudo. A comida que havia sido deixada na geladeira para que ela esquentasse era um dos seus pratos favoritos, Yakisoba e atrás da vasilha havia um prato com um bilhete branco escrito "Lena".

Kara sorriu suave enquanto segurava o papel entre os dedos, talvez e só talvez, ela houvesse mandado uma mensagem para Nia a pedindo para prepararem o prato favorito de Lena.

Dubblin Coodle, era esquisito e não era como o de sua máthair, nome estranho que soava sobrenaturalmente atraente nos lábios de Lena e significava mamãe, não que ela tenha feito uma breve pesquisa enquanto estava no carro em um dia ocupado e lembrar de Lena a tivesse a deixado tranquilizado, certamente não.

Kara segurou os pratos e colheres em um equilíbrio bêbado ao mesmo tempo em que subia as escadas e oh... o piso estava realmente molhado, ela deveria ter pensando melhor nisso ao subir pulando, agora sua colher estava no chão e tudo bem são anticorpos e nem sequer passaram cinco segundos quando ela o pegou, ela olhou para os lados e deu de ombros antes de deixar os pratos no chão com suas colheres dentro e correr para o quarto de Nia, ela com certeza deveria ter um daqueles...

Ahá, ela achou o objeto de sua idéia na gaveta de maquiagem, graças a Deus... ela não estava tão dispostas a procurar nas outras.

Kara o colocou debaixo do braço ao mesmo tempo em que tentava segurar ambos os pratos e abrir a porta ao mesmo tempo, era difícil e ela quase deixou cair um de seus deliciosos pedaços de carne, mas ela finalmente abriu a porta com seu morteômetro apitando em sinal de alerta vermelho.

A Primeira DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora