O Plano Perfeito.

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O dia amanheceu igualmente como qualquer outro; azul, límpido e ensolarado. Exceto pela enorme diferença de pequenos um sessenta e três de altura parados minusiosamente em frente a porta enquanto maquinava uma vingança pelas diversas vezes em que foi acordada abruptamente.

Lena ponderou com grandes olhos verdes brilhantes se bateria na porta ou não, mas a segunda opção pareceu muito mais atrativa quando ela decidiu abrir a porta de madeira cuidadosamente e atravessar o quarto em passos silenciosos até o banheiro.

Lena nunca foi uma pessoa matutina e isso se comprovava com fato dela sempre ser a última a despertar, diferente de hoje e ela não poderia estar mais feliz por ter sido a primeira a acordar quando gargalhava ao ver o rosto assustado e os cabelos ensopados de Kara após ter sido despertada de seu glorioso sonho com um balde de água gelada.

Kara sentou-se imediatamente, o coração trovejando enquanto tentava respirar normalmente e sua ira direcionando-se a única pessoa feliz com aquela situação, oh... mas ela não deixaria barato.

Kara segurou Lena pelos braços que foi muito persistente em relutar, mas teve o corpo preso na cama enquanto uma sessão torturante das mais frenéticas cócegas bombardeavam sua barriga.

Kara pegou o copo de água que estava na cabeceira enquanto mantinha sua vítima sob seus ataques violentos que resultavam em longos derramamentos de gargalhadas e lançou um último olhar de misericórdia para a mulher indefesa - que de indefesa não tinha absolutamente nada - antes de aproximar a água cada vez mais de seu rosto.

Lena não pediria para por favor parar, ela iria fazê-la parar e se
existia algo que ela havia aprendido na academia a muito tempo atrás, era que a sedução é sua a melhor arma.

Seduzir a inimiga.

Não era um plano ruim e ela já havia posto em práticas mais vezes do que poderia contar, mas em nenhuma dessas vezes ela sentia esse impulso tão fortemente por deixar alguém de joelhos.

Lena aproximou o rosto lentamente até estar tão próximo de Kara que poderia ver as engrenagens girando através de seus olhos e sua mão subiu suavemente pelo abdômen até descansar no ombro direito enquanto ela abria as pernas e as envolvia ao redor da cintura de seu alvo.

Kara segurava o copo de vidro fortemente até os nós de seus dedos ficaram brancos a cada movimento ousado que Lena fazia e ela realmente não sabia o que esperar, a garota era imprevisível e ela adorava.

Lena inverteu as posições quando percebeu que Kara estava tão hipnotizada que não poderia lutar e sentou-se no colo da cretina; mão apertando o ombro, olhos conectados e movimentos repetitivos com o quadril.

Kara ficou surpresa com os movimentos e ainda mais com o fato da princesa estar sentada em seu colo como um trono, seu mundo parecia ter sido tirado de órbita, a feito esquecer como respirava-se, nada além de lábios separados e olhos arregalados.

Lena suprimiu a vontade de sorrir vitoriosa antes do tempo, mas não pode evitar morder os lábios para não gargalhar de escárnio com o quão patéticamente fácil era brincar com a chefe.

Kara esqueceu completamente do copo, mas Lena não e foi relembrada disso ao sentir algo muito duro pressionar uma parte muito sensível de si, sua mão estava trêmula quando ela jogou a água contra o maldito rosto, afim de afogar seu sorriso estúpido.

Lena levantou-se de supetão, deixando uma Kara molhada e boquiaberta na cama.

— Perdedora. — Lena sussurou, encenando um olhar de pena — Ah, eu vou pegar o seu celular emprestado.

Lena informou descaradamente enquanto balançava o smartphone em uma mão e a olhava sobre o ombro, saindo porta a fora e Kara soltou o ar que nem sabia que estava preso e o sorriso que ela nem sabia que poderia sorrir, àquela garota era irredutível.

A Primeira DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora