adormecidas

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Kara respirou fundo assim que se viu sozinha na mesa de jantar, ela havia perdido o apetite e isso era realmente difícil de acontecer, mas com todas circunstâncias e caos que a envolviam, a última coisa que ela pensava era em comer.

Ela se retirou da mesa e andou em direção a cozinha avisando que o jantar havia acabado e fugiu dos questionamentos de Nia, isolando-se no quarto, mas ela não conseguia dormir, algo a fazia permanecer acordada e não eram os pesadelos... era a necessidade corroente de pedir desculpas a Lena, desculpas pôr tê-la colocado nessa bagunça, mas tudo estaria bem se um Luthor não tivesse iniciado isso para começar, sua irmã ainda estaria segura, ela ainda estaria presa a si mesma e Lena não precisaria passar por isso.

Kara desistiu de tentar dormir e caminhou em passos tropegos para fora do quarto e se apoiou na parede para pensar, ela pediria desculpas a Lena e então voltaria a dormir, mas ao chegar no quarto e se deparar com a luz apagada e uma coisa pequena enrolada nos cobertores, ela não teria coragem de acordá-la para o que quer que fosse.

O rosto de Lena descansava sereno contra o travesseiro e todas aquelas linhas de expressão que davam vida ao rosto genioso, agora estavam suaves em conjunto com a pele macia; adquirindo marcas pelo sono profundo e o cabelo estava ondulado e espalhado pela cama. A conclusão de Kara nunca fez tanto sentido, o que arrancou uma risada involuntária que logo foi contida com um negar de cabeça.

"Ela realmente parecia um anjo dormindo, mas acordada é o próprio diabo"

Kara percebeu que apesar de Lena ter retirado-se cedo da mesa do jantar, ela ainda estava de vestido e maquiagem, então relembrando-se da promessa que fez a si mesma e a sua mãe, ela jamais machucaria uma mulher, não tocaria em Lena sem permissão,...

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Kara percebeu que apesar de Lena ter retirado-se cedo da mesa do jantar, ela ainda estava de vestido e maquiagem, então relembrando-se da promessa que fez a si mesma e a sua mãe, ela jamais machucaria uma mulher, não tocaria em Lena sem permissão, mesmo que fosse para deixá-la mais confortável, mas não poderia dizer o mesmo da maquiagem e em passos rápidos e silenciosos, ela chegou ao banheiro.

Kara estava com um caixa de lenços umedecidos em uma mão enquanto cuidadosamente se deitava ao lado de Lena na cama, retirando um lenço e limpando com toques gentis o rosto adormecido, apesar de ser geniosa, Lena era a mulher mais bonita que Kara já havia visto e sua mão traçava caminhos imaginários e desnecessários pelo rosto enquanto ela se perdia em pensamentos, suas memórias mais antigas a atingiam com força e a presença calma ao seu lado se contrastavam estranhamente, mas o resultado era o mesmo: o sono.

Pela primeira vez em anos, ela dormiu um sono sem pesadelos, não saberia dizer se foi pelo gesto gentil que aliviou a sua alma, pelas memórias ou o dia em si que a deixaram cansada, mas de uma coisa não tinha dúvidas, o corpo quente ao seu lado a fazia se sentir de alguma forma estranha e peculiar calmar seu coração, mesmo quando ele palpitava insistente pelas provocações, a sua tese se comprovou pela sua respiração que havia se tornado somente um ressonar tranquilo e sua expressão que havia se transformado em uma tão suave quanto a da mulher ao seu lado, Kara não tinha intenção e Lena odiaria, mas elas estavam dormindo juntas.

A Primeira DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora