A princesa e o sapo

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A volta para a mansão foi ainda mais silenciosa, sem piadas ou qualquer conversar, exceto a música que preenchia o automóvel em uma tentativa falha de cessar quaisquer pensamentos.

Não houve provocações ou saltos voando em direção a um alvo específico, nada além de silêncio.

A chegada em casa foi realizada a passos pré-meditados, afinal perder o controle de forma tão abrupta sobre a própria reação do corpo, exigia um pouco mais de disciplina.

E as duas formas separarem-se de maneiras distintas enquanto caminhavam para seus respectivos quartos.

Não houve descontrole, apenas um pequeno desvio de conduta, um método eficaz e muito eficiente que ela adquiriu perfeição em anos para exercer-lo com exito, não era uma perda de controle e sim uma tática inovadora da sedução.

Se Lena Luthor beijou Kara Danvers em uma convenção, dentro de um banheiro público e a portas fechadas, então fora apenas para provar um ponto.

Um ponto que ela ainda estava tentando descobrir, mas o esforço valeria a pena para provar que ela poderia superar sua inimiga, sim, exatamente.

Se Lena beijou Kara, foi apenas tentando não beijá-la.

Lena havia acabado de descobrir o ponto que estava tentando formular, se ela beijou sua inimiga foi apenas para que ela parasse de beija-la, porque seguindo uma lógica muito clara entre flerte e obsessão, se alguém quer algo e você o entrega - com certeza ela não se entregou para a cretina, definitivamente não - mas se você o entrega, então não a mais nada o que dar e a pessoa não deseja por mais, certamente ela não desejaria nenhum pouco, obviamente.

Os lábios de Kara? os mesmo que a irritavam e ela queria cortar o sorriso com uma faca, ela não os queria quentes e macios sobre os dela, de forma alguma, nem por um segundo.

Lena nunca, nunquinha beijaria uma Zor-El.

O quarto estava escuro e a cortina branca balançava com a força da brisa quando uma corrente de ar frio entrou pela janela, a fazendo sair de seus pensamentos e acender a luz.

Lena deixou a roupa cair em uma poça aos seus pés enquanto desabotoava o sutiã e o jogava em algum canto, desfazendo-se lentamente da calcinha, a caminho do banheiro.

A água estava congelada quando ela entrou debaixo do chuveiro e prendeu a respiração, seu corpo ainda eletrizava-se pelos acontecimentos anteriores, seus lábios formigavam pelo susto e sua mão o contornou em uma tentativa de acalma-los, sem nenhuma outra razão por trás de seu toque.

Lena sentiu um arrepiou na espinha, seus dentes rangeram e esse foi o indicativo de que ela deveria sair do banheiro e vestir-se.

Havia uma variedade de roupas em seu armário, mas a única coisa que ela pensava em vestir era a camisa mais quente e longa possível, infelizmente graças a seus novos termos de vida pós sequestro, não havia nada além de brilho, cetim, fendas e decotes.

Lena decidiu pelo conjunto de lingerie, mais simples e macias que encontrou e resumia-se a uma tanga preta de babados no lado e um sutiã sem renda que apertava seus seios com força.

Inferno, ela estava pensando no que quando comprou todas aquelas peças? Oh... bem de qualquer forma, ela não se arrependia completamente, a cretina de olhos azuis merecia uma lição.

Lena jogou-se na cama depois de escovar os dentes amaldiçoando a maldita sorridente até sua própria gengiva sangrar, talvez ela houvesse usado mais meia dúzia de xingamentos após isso e depois quando estava escovando os cabelos e teve que lidar com a ideia de que alguns nós pudessem ter sido causados pela idiota, seu couro cabeludo estava dolorido quando ela terminou.

A Primeira DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora