CAPÍTULO 4 · STRIP O QUÊ?

858 76 47
                                    


"Você me toca e é quase como se soubéssemos
Que haveria história entre nós dois
Sabíamos um dia que teríamos arrependimentos
Mas nós apenas os ignoramos na noite em que nos conhecemos."

LAUV - There's no way


Sanem

Ceycey percebendo que eu tinha entrado em uma saia justa ao falar do chefe bem no momento em que ele chegou, fez uma para Allah ver e limpou minha bagunça de café no escritório. Eu contei até dez, e com meu melhor sorriso cínico entrei na sala de Can.
Como ele tinha dito, seu pai e seu irmão estavam na sala, eu estaria segura das piadinhas sobre a noite passada.
Falando em noite passada, eu ainda me recriminada por ter bebido tanto.
Foi a primeira vez que estive com outra pessoa que não fosse Omer e era para ter sido uma lembrança memorável, visto que a espécime masculina que agora esta sentado a minha frente era um homem bonito demais para se esquecer. Ah, Sanem, Ah!
Cumprimentei a todos na sala.

- Desculpem pela bagunça no meu primeiro dia.

Segurei firme a agenda que eu tinha levado para fazer as anotações, a caneta estava presa atrás da minha orelha.
Fiz o possível para manter minha atenção nos outros dois homem. Eu sabia que se ele desse aquele sorrisinho debochado de alguns minutos atrás, minha cara seria como um letreiro iluminado mostrando a minha vergonha.

- Não se desculpe por isso, filha. - Disse o senhor. - Eu me chamo Aziz, e este é Emre. O Can parece que você já conhece.

Tossi me engasgando um pouco com minha própria saliva. Será que ele contou sobre ontem a noite? Que vexame, meu senhor Altíssimo. Que vexame!
Finalmente encarei Can.

- Agora a pouco pudemos nos apresentar, não é Sanem? - O sorrisinho não estava mais ali, porém o olhar de diversão era notável.
- Sim.
- Seja bem vinda, Sanem. Soube que é irmã da Leyla. Já imagino que deve ser tão competente quanto ela. Espero que seu primeiro dia esteja sendo tranquilo.

Sorri, agradecida.

- Estou me adaptando a equipe, que por sinal me trataram muito bem. Obrigada.

Emre me olhou por tempo demais, enquanto Can pedia que eu me sentasse na cadeira de frente para ele. Eu não soube o que aquele olhar significava, mas não gostei.

- Sanem, amanhã teremos a festa de comemoração aos quarenta anos da agência. Deren preparou uma lista com os convidados especiais, preciso que você dê atenção para a isso ainda hoje, pois precisamos confirmar a presença de todos.

Acenei em compreensão ao pedido, peguei a lista e aguardei pelas proximas instruções, direcionando novamente minha atenção para qualquer coisa que não fosse Can.
Ele seguiu me orientando sobre para quem eu deveria agendar as reuniões da semana, os catálogos das empresas que ele precisaria revisar para se familiarizar com os projetos publicitários em andamento.
Meia hora depois fui liberada para começar as ligações. Ceycey iria me ajudar, pois a lista era imensa.
Já na sala dos arquivos, onde eu me senti mais a vontade, ceycey e eu cumpriamos nossa tarefa, mas é claro que a observação dele sobre o momento vergonhoso de antes não passou batido.

- Sanem, você é maluca! Eu tentei te avisar com os olhos que ele estava bem atrás de você.
- Você poderia ter sido um pouquinho mais claro.
- Eu estava palido como um palmito, queria um sinal mais claro que esse?!

Revirei os olhos.

- Güliz não engoliu seu comentário sobre a Índia. Nem ela sabia essa informação sobre o chefe.

Singular -  Essa obra está em construção.Onde histórias criam vida. Descubra agora