Singular - Essa obra está em construção.

CAPITULO 13 · MAIS MENTIRAS PARA A CONTA.

"Milhares de mentiras me fizeram mais frio
E eu não acho que possa olhar para isso da mesma maneira
Mas toda a distância que nos separa
Ela desaparece agora, quando estou sonhando com seu rosto."

3 Doors Down - Here Without You

Sanem

Pensei sobre o questionamento de Can.
Realmente Omer trabalhava como assistente, em um escritorio de advocacia. Ele estava fazendo estagio em seu ultimo ano de faculdade, e como todo universitário, o dinheiro era sempre curto.
O tal anel de noivado que agora parecia brilhar ainda mais, me trouxe de volta as indagação do Sr. Can. E bom, como mágica, outra mentira surgiu, me salvando, ou me enterrando ainda mais, eu ainda não saberia dizer.

- É um anel de família.

Sorri meio sem jeito. Parece que não era só da boca do Sr. Emre que as mentiras saim faceis. Abaixei o olhar, envergonhada.

- Anel de família... - Repetiu o Sr. Can. - Você é uma caixinha, Sanem. Quando penso que estou te entendendo... Você aparece com algo diferente.
- Pois é. - Voltei a encarar um Can desconfiado. - Voltando a falar da minha mãe, como conseguiu convencê-la sobre a viagem de Izmir?

Mamãe era muito rigida sobre dormir fora de casa. Quando eu namorada com o embuste do Omer, foram contados nos dedos de uma mão só as vezes que ela permetiu que eu dormisse fora, mas com a condição de que viajariamos com a familia dele. A lembrança da primeira viagem com Omer me veio a cabeça. Foi naquela noite que eu me entreguei, achando que ele era o homem da minha vida.

- Sanem...?

Pisquei atordoada.

- Você esta bem? Parece que esteve alguns minutos fora do ar.
- Eu só estou preocupada com a viagem. Nunca andei de jatinho, tenho medo de altura.

O sorriso facil estava la de volta. Can levantou de sua cadeira e deu a volta, parando de frente para mim, se apoiou na mesa.

- O vôo vai ser rápido. Cerca de uma hora e estaremos em terra firme.
- UMA HORA? O Sr. Acha pouco?

Ele riu.

- Nunca saiu do país, Sanem?
- Não. - Novamente desvieu os olhos para o chão.
- Como planeja chegar até Galápagos?

Arregalei meus olhos de volta para meu chefe.

- Eu também te contei sobre Galápagos?

Ele concordou com a cabeça.

- Eu tenho até medo do que mais eu falei.

Choraminguei, odiando aquelas doses de tequila e bebidas coloridas. Nunca mais irei beber. Com o sorriso ainda nos lábios, Can balançou a cabeça negativamente. Parecia se divertir as custas da minha memoria ausente.

- Sanem, por favor, reuna a equipe de criação para uma reunião em 10 minutos. Temos que discutir uma arte e mandar produzir ainda hoje.

Anotei o pedido do Sr. Can e saí rapidamente da sala, sentindo ainda minhas bochechas pegando fogo. Ele sabia da minha obsessão por albatrozes e minha vontade de conhecer Galápagos. Sabia sobre a traição de Omer e agora conheceu minha mãe.
Enquanto Can conhece alguns detalhes da verdadeira Sanem, ao mesmo tempo, um mundo de mentiras está nos cercando. O aperto no peito voltou.

Com a equipe ja reunida, enquanto eles descutiam ideais e ceycey tentava explicar sua idéia maluca, ele arrancou risos de todos a mesa. O Sr Can pegou algumas ideias e com base nelas criou algo novo. Após a reunião, o Sr. Emre me chamou novamente em sua sala, queria detalhes sobre o que foi discutido, eu estava prestes a contar, quando o chefe entrou na sala.