"Eu falo um pouco demais perto de você (eu falo um pouco demais)
Fico um pouco neurado comigo mesmo (fico um pouco neurado comigo)
Quando eu penso em você
Fico um pouco animado (eu fico um pouco animado)
Querida, quando eu penso em você
É, quando eu penso em você, amor."Shawn Mendes - Nervous
Sanem
Ouvi atentamente o senhor Emre.
Pelo que ele dizia, tinhamos na empresa um lobo em pele de cordeiro. Aparentemente o irmão que decidiu se estabelecer em Istambul tinha motivos obscuros para ficar.
Em primeiro instante eu não confiei no que meu outro chefe dizia.- Infelizmente a ganância pelo dinheiro de Can esta prestes a nos destruir. Acredite, eu tenho amor demais a esta empresa para deixar que ele acabe com o legado de nosso pai.
- Por que o senhor não assume então?Perguntei confusa.
- Meu pai não acreditaria nas intenções de Can. Ele não o enxerga como realmente é.
Foi então que me lembrei da conversa que ouvi, enquanto eu procurava pelo meu albatroz:
"Irei resolver, por enquanto pague o que lhes for de direito e trate de encontrar trabalho para todos, por favor."
Juntando as coisas que Emre me disse a essa conversa, entendi que talvez Can realmente preferisse vender a agência e voltar para sua vida de liberdade.
- Pense em sua irmã... Nas dezenas de funcionários que perderam seus empregos. Veja bem, eu sei que precisa do dinheiro. Minha proposta é simples, você vai me relatar todos os passos de Can, as campanhas, os projetos novos e tudo que estiver ao alcance. Veja isso como uma troca.
Eu precisa do dinheiro, e também não queria que a agência fechasse. E bem... Eu teria apenas que lhe passar as informações. Que mal isso teria?
Percebendo minhas duvidas, o senhor Emre pegou o talão de cheque, e nele colocou o valor de 40 mil reais, que quitaria as dívidas da minha família.
Eu queria poder ligar para Ayhan agora e saber o que ela faria.- Vamos Sanem... Aceita ou não?
Olhei para os gélidos olhos azuis do senhor Emre. Eles eram tão frios e vazios.
Ele pegou minhas mãos e me entregou o cheque. Ponderei.- Acho melhor não, Senhor Emre. Eu acabei de entrar na empresa... Como posso ser útil ao senhor? E outra coisa, eu não tenho tanto acesso assim a ele.
- Mas terá. Acredite, você será de grande importância para que a agência prospere, Sanem.Vencida pelas palavras de Emre, acabei concordando.
Saí de sua sala sentindo o peso do mundo nas costas, mas por outro lado, meus pais não precisariam se preocupar com a dívida.
Leyla tinha ido embora a uma hora atrás, aproveitei que estaria sozinha para acertar a divida da loja, pedindo descrição ao homem, que ele dissesse aos meus pais que a dívida poderia esperar.
Nesse tempo, eu poderia pagar o Senhor Emre aos poucos e meus pais ficariam mais tranquilos.
Cheguei em casa com o mesmo sentimento de carregar o mundo nas costas. Olhei a foto do Albatroz e tentei esquecer de todo o resto.
Disse para mamãe que eu não queria jantar então depois de contar a Ayhan sobre minha conversa com o irmão de Can, decidi que apenas algo faria com que eu me sentisse melhor: Escrever."Seria o Rei mal o destruidor de tantos sonhos? Ora, como já dizem alguns, o pecado parece belo aos olhos... Eu não poderia me deixar enganar por suas órbitas profundas e envolventes. Eu seria capaz de deixar meus sentimentos de lado, e ajudar a acabar com os planos do lindo Rei mal?"
Adormeci, com o caderno em mãos.
Pela manhã tudo ocorreu normal, Ayhan me ligou na hora do almoço, me dizendo que ainda achava que tomei uma péssima decisão. Segundo ela, Can não poderia ser mal. Pobre Ayhan, se deixando enganar pela beleza devastadora do meu gostosíssimo chefe...
Falando em chefe, ele convocou uma reunião com todos os funcionários. Nesta reunião aconteceu o que eu temia: me tornei a pessoa de confiança para ele.
Ele contou que havia um espião na agência que estava passando para uma tal de Aylin, informações importantíssimas dos projetos da empresa, e que essa mesma mulher estaria roubando nossos clientes.
Essa informação fez um nó na minha cabeça.
Se Can queria se desfazer da empresa, por que ele ligaria para espiões e perdas de clientes?
Olhei para o senhor Emre, que retribuiu meu olhar disfarçadamente.
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Singular - Essa obra está em construção.
RomanceSanem Aydin sempre acreditou no destino. Ela acreditava em astrologia, em amor a primeira vista e em como quando as coisas são para acontecer, elas realmente acontecem. Com um enorme coração, uma ingenuidade que beira o ataque de ansiedade em quem a...