Capítulo 4

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Estávamos no trem quando Efe disse que iriamos conhecer nosso Mestre. Ele será o responsável por nos ajudar durante todo o processo de morte, quer dizer, todo o processo do jogo, desde a preparação física até o ultimo suspiro na arena.

– Ele está no próximo vagão queridos. Podem ir lá! – Falou Efe, nos dando um empurrãozinho de leve.

Abrimos a porta para o outro vagão e demos de cara com nosso Mestre.

– Darth Vader? – Perguntei, surpresa.

– Oh, desculpe. – Respondeu ele, tirando a máscara de Darth Vader. – Sou muito fã de Stars Wars, aí já viu né? Meu nome é Reynite Albertini. Prazer.

Ele estendeu a mão para nós e o cumprimentamos. Percebi que Pita não gostou muito dele. Ou talvez seja o forte cheiro de álcool nesse vagão. Olhamos em volta. Havia inúmeras garrafas vazias de bebida, deduzi que ele deve ser um alcoólatra – até mesmo porque não havia nenhuma outra dedução a ser considerada.

– Estou aqui para ajuda-los a sobreviver. - Ele se sentou.

– Isso é serio? – Falou Pita, com uma cara de poucos amigos.

– Por acaso estou rindo? – Ele rebateu rapidamente. – Estou tão triste quanto vocês. – Ele então virou uma enorme garrafa de vodca e bebericou. – Só aceito esse trabalho pela bebida de graça.

Pita rapidamente se levantou e pegou a garrafa, jogando-a pela janela do trem.

– Eu já tinha certeza que iria morrer. Agora nem se fala, iremos para o beleléu na contagem regressiva.

O Pita está fazendo muito drama. Entendo o lado dele, afinal, ele não é bom em nada. A única vantagem que vejo nele é ser bonitinho e olhe lá. Mas isso daqui não é nenhum concurso de beleza, então tecnicamente ele está ferrado. Eu ainda tenho meus dons com arco e flecha e de hip hop, mas ele tem o quê?

– Pita, se acalme. – Falei.

Ele voltou-se e sentou perto de mim.

– Desculpe Katmiss. – Ele virou-se para Reynite. – E qual é o grande plano?

– Tirando beber até tarde com algumas prostitutas depois que vocês morrerem?

– Sim, tirando isso. – Respondo rispidamente.

– O grande plano é: morrer.

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