𝒔𝒊𝒙

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Você passou uma semana inteira no campo de treinamento, tentando aperfeiçoar sua técnica e voltar à forma. Você e Kazutora estavam ficando mais chapados do que o normal.

Agora vocês dois estavam de volta ao colégio. O dia estava se arrastando, mas antes que você percebesse, estava na hora da sua última aula. Você e Kazutora mataram ela de qualquer maneira. E agora, você estava fazendo seu outro hobby favorito: fumar maconha no porão abandonado do colégio. As pessoas raramente desciam aqui. Nenhum funcionário ou aluno.

— Kazutora, limpe a mesa.

— Por quê?

— Porque eu quero sentar nela. — Kazutora olhou para você, revirando os olhos e fazendo o que lhe foi dito.

Você pulou na mesa, deixando suas pernas penduradas. Kazutora abriu suas pernas, entrando entre elas. Ele segurou um recorte de seda na mão, alinhando a maconha nela e rolando-a cuidadosamente.

— Só um? — Você perguntou a ele.

— Sim, vamos ter que compartilhar. Eu não trouxe muito comigo hoje.

O que você e Kazutora estavam fazendo poderia ser chamado de vício. Mas você ia parar? Não. Era sua rotina diária. Vocês dois tornaram estranhas outras responsabilidades e interesses. Não era saudável, especialmente na nossa idade. Mas, vocês dois nunca deixariam de fumar.

— Pare de me olhar enquanto eu faço isso, é estranho. — Você observava Kazutora bolar, deslizando a língua dele pelo baseado.

— Kazutora cale a boca, porra. — Assim que terminado, ele olhou para trás, sorrindo um pouco.

— Parece bom, certo? Melhor do que você jamais será. — Ele disse. — Já que você está tão carente, que tal você dar o primeiro? — Você tirou o baseado dele feliz.

Ele soltou um pouco a gravata e tirou o blazer, sabendo que estava prestes a ficar um pouco quente. Você pegou o isqueiro dele, fazendo um pequeno escudo ao redor do baseado com as mãos e acendendo-o. Você deu o primeiro trago, inalando e passando de volta para Kazutora.

— Então, o que há entre você e seu ex? — Ele perguntou a você. Ele entrou mais nas suas pernas, empurrando-se.

— Nada. — Você encolheu os ombros. Você sentiu seus olhos ficarem um pouco baixos. — Eu meio que o vi? Eu acho? Eu não sei. Ele disse que sente minha falta.

— Certo. — Kazutora zombou.

— Por que você disse assim? Você não acha que ele sente?

— Então ele deixa você ir e parte seu coração, e agora ele sente sua falta? Não faz sentido. — Ele riu.

Kazutora realmente não gostava do seu ex-namorado. Ele odiava a forma que você não era capaz de ficar longe dele e sempre estava mudando sua personalidade só para agradar ele.

— Kazutora?

— O que é agora, [Nome]?

— Eu menti para você. — Você confessou. Você não sabia se era a maconha ou como estava se sentindo hoje, mas se sentia ousada.

— Sobre? — Ele disse, tirando o baseado da ponta dos seus dedos.

— Eu ainda sou virgem.

— Eu sei.

— Como?

— Eu sei quando você está mentindo. Eu sei muito sobre você. — Você sorriu para mim mesma, olhando para os seus pés. Kazutora te deu as costas do baseado. — Aqui, fique com o resto.

Kazutora estava feliz. Isso sobre você ainda ter sua virgindade o excitava. A principal razão era que ele não confiava em ninguém em relação a isso, além de si mesmo. É que os caras com quem você poderia ter perdido a virgindade provavelmente teriam te fodido e ido embora. Mas Kazutora sabia que ele ficaria. Você era a coisa mais importante para ele. Kazutora agiu tanto e nunca levou nada a sério porque sabia que estava apenas vivendo para si mesmo, até que você apareceu.

Você entrou na vida dele e a sacudiu, dando-lhe o sabor de que precisava. Ele nunca esqueceria o dia em que você se inclinou sobre a mesa dele e tirou alguns ienes para comprar um pouco de maconha dele. Esse foi o começo.

Ele amava como você era como ele. Era como se você fosse uma mini Kazutora. Mas havia outras partes de você que ele amava. Você estava do lado um pouco mais grosseiro das garotas. Ele adorava tocá-la e fazer você se sentir bem consigo mesma. Apesar de você ter uma mentalidade um pouco imatura, sempre pensando que seu corpo não era bom o suficiente, e às vezes as pessoas até te diziam isso. Ele também amava o quão desobediente você era, já que adorava colocá-lo bem no seu lugar. Você estava longe de ser cabeça quente, você era uma das garotas mais legais que ele já conheceu. Você era apenas a garota dele. Nada menos que isso.

— [Nome]?

— Sim, Miya? — Você terminou o baseado, jogando os restos no chão. Ninguém se importava de qualquer maneira.

— Quando você vai entender que eu sou o melhor para você? — Você olhou para ele, confusa. Você apertou as sobrancelhas e o olhou fixamente.

— O quê?

— Eu passo todas as noites, pensando em você. O tanto que eu quero você. Há uma parte de mim que quer te abraçar e te levar para sair. Mas há outra parte de mim que quer te foder bem aqui, bem nesta mesa enquanto seu lindo rímel escorre pelo seu rosto e você está gemendo meu nome.

Você não tinha ideia do que dizer. Em vez disso, você apenas ficou sentada em silêncio enquanto borboletas vagavam pelo seu estômago.

— E você está sempre falando sobre essa merda de amigo. — Ele zombou de você novamente. — Quando nós dois sabemos que não somos amigos.

— Mas nós somos...

— Amigos não deixam que seus amigos coloquem a buceta na sua cara enquanto fodem você com a língua deles.

Suas pernas apertaram juntas, tentando esconder a excitação que você estava sentindo. Kazutora estava certo. Você lembrava de algumas noites atrás, onde Kazutora te tinha exatamente onde queria. Contra a cabeceira da cama dele, gemendo o nome dele, com seus dedos correndo pelo cabelo dele enquanto ele te fazia um oral.

Você não entendia como vocês dois estavam tão insanamente confortáveis. Vocês sempre foram tão sensíveis um com o outro. Mas desde o mês passado, as coisas estavam ficando um pouco reais demais.

— Kazutora-

— Cale a boca. Amanhã vamos a um encontro. Você vai usar um vestido bonito e eu vou parecer apresentável também. Vamos a um restaurante chique e vamos conversar e rir durante o jantar. E eu não vou aceitar não como resposta.

— Sim, Kazutora. — Ele virou a cabeça, colocando os dedos na sua têmpora.

— Boa garota. — Ele te deu um beijo nos lábios.

Bem, essa é uma maneira de expressar seus sentimentos por alguém quando se está chapado.

𝐒𝐎 𝐇𝐈𝐆𝐇Onde histórias criam vida. Descubra agora