𝒕𝒉𝒊𝒓𝒕𝒚 𝒔𝒊𝒙

868 111 41
                                    

— Eu nem preciso...

Kazutora agarrou sua mão, arrastando você através da multidão de pessoas, tentando fazer com que seu caminho para o banheiro fosse tranquilo. Seus saltos batiam rapidamente pelo chão enquanto você segurava seu vestido. Você observava o garoto na sua frente puxando você.

Ele acabou arrastando você até o andar superior, o terceiro andar proibido, o lugar onde vocês costumavam fumar por volta do seu segundo ano. Ele te arrastou e fechou a porta bem atrás de vocês dois.

— O que foi? — Ele perguntou. — Por que você está agindo assim?

— Podemos voltar para baixo? Eu- — Você jogou sua bolsa no chão e revirou os olhos para ele.

— Você o quê? — Ele deu um passo para mais perto de você. Ele olhava para você, mas você nem queria olhá-lo nos olhos. — Por que... você está agindo assim? Responda à minha pergunta.

Vocês dois tiveram um ano de raiva reprimida e frustrações. Sentiram falta um do outro, realmente sentiram. No entanto, você não superou o que ele havia feito antes de partir. E você não suportava a audácia de chegar no baile, agindo como se tudo estivesse bem.

E, claro, você não suportava como ele tinha a coragem de estar em cima de você agora, parecendo tão bem e seguir de si, que você não teve escolha a não ser ceder a ele.

— Por que você não se despediu?

— Isso é sobre a manhã em que saí? Amor...

— Não, me dê uma explicação. — Kazutora sorriu para suas palavras, vendo que você se tornou tão assertiva em relação a ele. Geralmente ele lhe dizia algo e você respondia rapidamente, ou até mesmo calava a boca.

— Se eu tivesse acordado você naquele dia e me despedido, ficado com você por mais um minuto, eu nunca teria ido embora.

— ... essa ideia não soa... ruim. — Um sorriso se arrastou no seu rosto e você não conseguiu segurar sua risada.

— Então você está rindo? Você está rindo porque sabia que teria me sequestrado? — Ele acrescentou.

— Bem, se você pensa assim... — E vocês estavam de volta. Rindo de coisas estúpidas mais uma vez. Rindo e rindo por todo o lugar. — Bem, eu só queria que você não saísse tão de repente. Eu gostaria que tivéssemos tempo, e eu gostaria que você tivesse me contado mais cedo.

Os braços de Kazutora se enrolaram em torno da sua cintura e puxaram você para mais perto dele.

— Bem, estou aqui agora. A única vez que você não vai me ver novamente é quando eu voltar para me formar. — Ele te disse. Você não conseguiu parar o sorriso incontrolável no seu rosto. Você estava sorrindo tanto que doeu.

Ele deu um passo para trás, olhando para cima e para baixo algumas vezes. Cada aspecto de você era tão bonito. Ele olhou para você com admiração, tão orgulhoso de quem e do que você se tornou sem ele.

— Sabe que eu estava prestes a te elogiar, mas você estava prestes a fumar sem mim. — Kazutora estava ao seu lado agora. — Não há desculpas para isso.

— Oh Miya, você não precisa me elogiar amor, eu já sei como você se sente por mim. — Você sorriu.

— Como eu me sinto por você, [Nome]? — Você lentamente tirou os saltos, empurrando-os para o lado antes de pegar sua bolsa e procurar algo dentro.

— Bem, eu não sei sobre você, mas... — Você puxou a pequena caixa preta para fora da sua bolsa. — Eu acabei de bolar um enorme baseado, Miya.

Os olhos dele se arregalaram e você se preparou para correr.

𝐒𝐎 𝐇𝐈𝐆𝐇Onde histórias criam vida. Descubra agora