𝒆𝒊𝒈𝒉𝒕

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𝙛𝙡𝙖𝙨𝙝𝙗𝙖𝙘𝙠 ───*ૢ✧✩ ⋆ ཻུ۪۪.  ♡⃕

O quinto período estava prestes a começar, mas você não iria à aula hoje. Em vez disso, você estava procurando Hanemiya Kazutora, o traficante de drogas do colégio. Você só o tinha visto passando algumas vezes, mas agora queria falar com ele.

Você o procurou em todos os lugares, finalmente espiando pelas janelas de uma sala de aula e encontrando-o na última fileira da sala de aula. Graças a Deus a aula ainda não havia começado, nem havia um professor nela. Você entrou, dizendo "oi" para as pessoas no caminho. Finalmente você chegou até Kazutora, batendo as mãos na mesa dele e olhando para ele.

A reação de Kazutora foi lenta. Ele olhou para você através do celular com os olhos vermelhos. Ele estava com um moletom branco e sem a gravata, não usando o uniforme habitual do colégio.

— Posso te ajudar?

— Sim, eu preciso de maconha. — Você disse, tirando 1.000 ienes do seu bolso.

— Você precisa de maconha?

— Sim, eu preciso de maconha.

— E você vai fumar?

— Claro que vou fumar.

— Por que eu deveria te vender maconha?

— Porque estou pagando com meu próprio dinheiro!

Kazutora sorriu para você. Ele começou a rir. Ele segurou o estômago enquanto ofegava por ar. Você olhou para ele com uma expressão em branco. O que havia de tão engraçado em querer comprar maconha?

— Você acha que eu faria uma transação de drogas dez minutos antes do início das aulas?

— Bem, eu poderia pagar agora?

— Vá até o meu carro depois da aula, você pode me pagar lá. — Ele te disse. — Qual é o seu nome?

— [Nome].

— Bonitinho. Vejo você mais tarde. — Kazutora acenou um "adeus" para você e cobriu sua cabeça com o capuz do moletom, preparando-se para tirar um cochilo.

───*ૢ✧✩ ⋆ ཻུ۪۪.  ♡⃕

Ao meio-dia, você ficou no estacionamento do colégio abraçando seu casaco com força e esperando Kazutora. E finalmente lá estava ele, saindo das portas traseiras do colégio e caminhando até o carro dele. Ele pegou as chaves do bolso, destravando o carro.

— Entre. — Você fez o que ele disse, sentando no banco do passageiro. O carro dele cheirava surpreendentemente a lavanda, com apenas um leve toque de maconha. — Então, você disse maconha, certo? — Ele perguntou.

— Sim. — Kazutora balançou a cabeça e pegou uma mochila na parte de trás do seu assento, ele tirou o saquinho transparente e o entregou para você.

— Aqui está.

— Obrigada...

— Então, você vai embora ou vai ficar aqui olhando para mim? — Você corou, olhando para a sua saia.

Kazutora era, sem dúvidas, um dos caras mais falados do colégio, todo o seu time de basquete era. Você sentia que era até um privilégio estar no carro dele agora. Você não ia mentir para si mesma, Kazutora era muito atraente. Sua aparência superava as de um homem comum. Ainda mais com uma tatuagem de tigre que percorria por completo um lado de seu pescoço, junto com um sinal abaixo do olho, que o deixava extremante fofo. Então, você não podia deixar de olhá-lo.

— Você está me expulsando? — Você perguntou, fazendo-o rir.

— Bem, fique.

— Você não vai me cobrar por isso? — Você balançou o saquinho transparente.

— Eu não cobro garotas bonitas. — Você ficou surpresa com o que ele disse.

— Eu? Garota bonita?

— Sim, você. Pequena líder de torcida. — Kazutora respondeu. — Você não sabe como fumar, sabe?

— Não, não, eu não.

— Aqui, deixe-me te mostrar, então. — Kazutora moveu a mão para o porta-luvas, pastando um pouco sobre sua coxa. — Desculpe. — Ele murmurou.

Ele vasculhou, encontrando um saquinho plástico fechado. Ele rasgou o plástico e tirou duas sedas, pegando uma bandeja do compartimento e colocando-a no colo dele. Ele formou um envoltório com suas mãos, colocando-os na bandeja.

— Ok, agora eu só vou deixá-los um pouco úmidos. Aqui, lamba isso. — Ele te entregou o segundo envoltório. Você o observou primeiro, seguindo sua liderança e arrastando sua língua pela seda marrom. — Agora eu só vou esmagar um pouco a maconha, depois colocá-la. — Ele esmagou a maconha com as pontas dos dedos. — Não se preocupe, minhas mãos estão limpas. Eu sou um grande mestre em higiene. — Ele riu.

Ele alinhou a maconha perfeitamente no envoltório e começou a enrolá-la. Ele usou a boca, lambendo-a para dar um acabamento fino. Finalmente foi feito, e foi bolado com perfeição. Ele passou o isqueiro para selar e depois sorriu, mostrando-o para você.

— E é assim que você faz. — Ele entregou para você. Ele começou com o outro, fazendo o mesmo que o último.

— Aqui. — Ele colocou seu baseado entre as pontas dos dedos e o colocou na boca. — Ok, faça como estou fazendo, dando inaladas profundas, entendeu? — Você balançou a cabeça e fez o que ele disse. Ele acendeu o baseado, e você deu alguns tragos para começar.

— Ah, você é uma maconheira. Não uma líder de torcida. — Ele sorriu. 

— Cale a boca.

— Então, [Nome], o que uma líder de torcida como você quer com drogas? — Ele perguntou a você. — Isso não é muito legal da sua parte.

— Pare, você parece meus pais.

— Uau, pais terríveis também? Bem-vinda ao clube! — Vocês dois riram.

Vocês continuaram conversando e antes que você percebesse, sua hora do almoço tinha acabado. Vocês dois tinham que voltar para dentro, mas decidiram ficar mais um pouco. Ele apenas olhava para você, era tudo o que ele fazia. Os olhos dele nunca saíam do seu rosto.

— Você realmente é, tão linda. — Kazutora disse para você.

Você sentiu seu estômago dar algumas viradas. Você nunca pensou em um dos garotos mais populares do colégio te chamando de bonita.

— Eu posso dizer o mesmo para você. — Você sorriu de volta.

— Quer fazer isso de novo amanhã? Só eu e você.

Você tinha que decidir se estava tudo bem. E se ele esperava algo em troca de você, já que você não pagou? E se você fosse expulsa do treino ou fosse pega pela capitã? Mas, novamente, você não se importava.

— Sim. Eu quero fazer isso de novo amanhã. — Você disse a ele. — Além disso, espero que você não esteja esperando um boquete ou algo assim em troca, porque eu não vou fazer isso.

— Querida, eu não poderia me importar menos com coisas sexuais. Eu só quero me divertir... com você.

E com isso começou. As sessões de fumaça às 3 da manhã, no carro, antes da escola. Ficar chapados pra caralho no drive-thru do McDonald's e tentar pedir todo o menu. E também, sentar no quarto de Kazutora do amanhecer ao anoitecer, nunca querendo sair do lado dele e voltar para casa.

Você provavelmente se apaixonaria ou algo assim. Quem sabe?

𝐒𝐎 𝐇𝐈𝐆𝐇Onde histórias criam vida. Descubra agora